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Secretário de Alckmin atribui roubalheira no Metrô à legislação brasileira

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O secretário de Transportes Metropolitanos do governo de São Paulo, Jurandir Fernandes, disse à Polícia Federal que ficou “decepcionado” com um antigo subordinado dele na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que é acusado de ter recebido propina da empresa Alstom em uma conta que mantinha na Suíça.

O subordinado é João Roberto Zaniboni, diretor de operações e de manutenção da CPTM entre 1999 e 2003. Zaniboni recebeu US$ 836 mil em uma conta que mantinha no Credit Suisse, em Zurique. Fernandes se disse “indignado”.

Ele culpou a legislação brasileira pelos problemas. “O processo licitatório brasileiro é muito lento, muito cheio de espaços e prazos, o que abre oportunidades para que o mercado se articule, o que pode diminuir a competitividade”, disse à Polícia Federal.

Fernandes também teve como subordinados dois executivos da CPTM cujos recursos foram bloqueados por suspeita de terem recebido propina.

Os executivos são Oliver Hossepian, que foi presidente da CPTM, e Ademir Venâncio, diretor da empresa. Ele disse não saber se Zaniboni, Oliver e Venâncio atuavam conjuntamente na CPTM para cobrar propina.

Saiba Mais: Folha