Jornalistas temem por sua segurança no governo Trump. Por José Eduardo Mendonça

Atualizado em 15 de novembro de 2016 às 16:46

mídia impressa

 

De 2014 a 2015, a média de assinaturas digitais cresceu 27%, e a média de circulação das versões impressas despencou 13%, segundo dados informados pelo Knight Center for Journalism da Universidade do Texas, e obtidos no Instituto Verificador de Circulação (IVC).

Em setembro de 2016, as assinaturas digitais de 33 jornais com edições online monitoradas pelo IVC chegaram a 818.873, um número 20% maior do que a média de 2015. No mesmo período, a circulação impressa caiu quase 20%, chegando a cerca de 2,6 milhões de exemplares vendidos no Brasil.

No caso da Folha de S.Paulo, a circulação digital ultrapassou a impressa em setembro de 2016, com vendas de 164 mil edições digitais e 151 mil impressas. O Globo está perto de fazer esta inversão.

Jornais regionais seguem a tendência, como o Correio Brasiliense e O Tempo, com crescimentos de circulação digital de 76% e 87%, respectivamente, entre 2014 e 2015.

Além de aumentar a circulação digital paga, a implantação do paywall gerou também um aumento da audiência. De acordo com presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) Marcelo Rech, que é também o vice-presidente editorial do Grupo RBS, os jornais brasileiros têm hoje a maior audiência da sua história. “Quando somamos circulação digital e impressa, a audiência mobile e desktop, nunca se leu tanto jornal no Brasil”, disse Rech ao Knight Center.

A implementação do paywall é uma das principais explicações para o aumento do número de assinantes digitais, segundo especialistas. “Ele incentiva o leitor a se tornar cliente”, afirmou Silva.

O modelo de paywall adotado pela maioria dos jornais brasileiros é conhecido como “poroso” ou “flexível”, pois permite ao usuário não-assinante ler um número restrito de matérias por mês de forma gratuita. Caso queira ler mais textos, o usuário precisa pagar a assinatura.

Jornalistas americanos temem por sua segurança no governo Trump

Jornalistas que cobriram por mais um ano comícios de Donald Trump, onde repórteres eram eram vaiados e xingados por milhares e precisavam da polícia ou do Serviço Secreto para escoltá-los até seus carros, agora têm medo que as ameaças que recebem também regularmente na mídia social e no email sejam cumpridas.

“Sou um gay judeu que odeia Trump. Toda semana, recebo emaisl, tweets, mensagens privadas: Veado. Bicha. Judeu de merda”, disse ao Político o repórter da Slate, Mark Stern. “Todos nós vamos em breve termos o que merecemos”, me dizem Eles têm armas. Eles têm um plano”.

Não é só isso. Os jornalistas temem por sua própria profissão. Há grande preocupação com a liberdade de opinião e o acesso às fontes.

Trump não permitiu que a imprensa o acompanhasse em seu avião. Proibiu a presença de repórteres de certos jornais por meses em seus comícios. E apesar dos anos de tradição nos quais a Casa Branca permitia a presença de jornalistas, levava-os no Air Force One e mantinha briefings diários, nada disso é garantido por qualquer lei. É apenas tradição, e muitos acreditam que Trump não va mantê-la.

No mês passado a Associação de Correspondentes da Casa Branca enviou cartas a ambas as campanhas implorando que a Casa Branca mantenha a imprensa da forma que ela é tratada atualmente. Um funcionário da campanha de Clinton disse privadamente na época que ela provavelmente seguiria com as práticas normais. A campanha de Trump nunca respondeu.

New York Times vai publicar vídeos de 360 graus

O New York Times vai publicar pelo menos um vídeo de 360 graus por dia como parte de seu experimento corrente com jornalismo imersivo.

O jornal iniciou o programa de realidade virtual com grande sucesso, mas o formato agora será mais longo, e com matérias como de revistas.

“Queremos avaliar como podemos usar os vídeos na cobertura diária”, disse Marcelle Hopkins, produtora executiva dos 360 graus ao Journalism.co.uk.

A Samsung está fonecendo ao New York Times câmeras Gear 360 e o equipamento necessário para produzir os vídeos de eventos acontecendo em qualquer lugar do mundo.

Os vídeos duram de 32 segundos a um minuto e podem ser vistos sem qualquer equipamento adicional na homepage  do jornal na web, em celulares e tablets e em seu principal app.

Um dos objetivos é tornar a produção disponível a qualquer um na redação que tenha interesse nesta tecnologia ou que possa ter uma matéria “melhor contada desta forma”, e assim a organização está treinando repórteres, fotógrafos e editores diversas vezes por semana.

O processo de pós-produção e a rapidez com que os vídeos estarão disponíveis na web e nos apps pode levar de horas a dias, dependendo de quanto material estiver envolvido, ou quão forte a conexão com a internet seja forte no local. Em algumas áreas onde o sinal for muito fraco, jornalistas poderão ter de enviar um HD para a redação para edição. E um estúdio móvel de pós-edição poderá também estar em uma cena de cobertura e exibição imediatas.

Facebook ganha receita com anúncios do Instagram

O Instagram foi aberto para publicidade em setembro de 2015. Este ano, a empresa deve faturar U$ 1.85 bilhão com receita de anúncios em todo o mundo. Ser parte do Facebook torna fácil para anunciantes integrar suas compras de espaço, mas o desempenho é desigual e o Snapchat está roubando um tanto deste espaço, revela relatório do eMarketer.

O Facebook não separa as receitas do Instagram em seus resultados, mas nutre grandes esperanças pela companhia. Anunciou em setembro de 2016 que o Instagram tinha mais de 500 mil anunciantes, mais do que dobrando sua base em seis meses. Os principais países a adotaram a mídia são EUA, Brasil, Reino Unido, Austrália e Canadá.

O crescimento no número de anuciantes é indicativo “dos diferentes tipos de negócios em diferentes categorias que estão adotando a plataforma tanto para a fixação de marca quanto para a publicidade de desempenho,” disse Jim Squires, diretor de operações de marketing do Instagram.