Marcelo Rubens Paiva sofre da Síndrome de Estocolmo em relação à Globo

Atualizado em 28 de abril de 2015 às 17:54

image

Marcelo Rubens Paiva escreveu uma crônica parabenizando a Rede Globo pelos seus 50 anos.

Marcelo Rubens Paiva é filho de Rubens Paiva, deputado federal cassado, exilado, torturado e morto durante a ditadura militar, apoiada pela família Marinho.

Marcelo Rubens Paiva escreveu o roteiro de filmes produzidos pela Globo Filmes e em sua crônica elogia as produções de dramaturgia da Rede Globo, que, segundo ele, são muito melhores do que a das suas concorrentes.

Para chegar a essa conclusão, cita uma novela turca dublada na Band, outra evangélica na Record, reprises e adaptações mexicanas dubladas no SBT.

Prefere esquecer ou nunca assistiu a produções do Netflix ou da HBO, que colocadas lado a lado às novelas globais fazem lembrar o surgimento do automóvel, quando todos estavam satisfeitos com as carroças.

Cita ainda a “pressão de governos ditos democráticos contra meios de comuicação(…) que ameaçam com o indigesto controle do mercado, regras sobre o fazer jornalismo…”.

Prefere esquecer outra vez ou ignora que mais indigesto é o monopólio da informação, as manipulações criminosas, ou a reserva de mercado, que garante que poucas famílias sejam donas da mídia no Brasil.

Sobre o jornalismo da Rede Globo, a crônica dedica uma linha para dizer “Se cometeu erros no Jornalismo, o que admitem hoje, sua teledramaturgia fez muito bem ao Brasil. Melhor ficarmos com a Rede Globo”.

A Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico em que uma pessoa, submetida a um longo período de dominação, apaixona-se por seu agressor.