Nem Freud explica: Moro acha que Lula seria eleito em 2018 e que então cometeria crimes e ajudaria a OAS. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 18 de janeiro de 2018 às 16:27
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O procurador regional Maurício Gerum, que fará sustentação oral no julgamento de Lula no TRF 4 no dia 24, afirma que a condenação tem “perfeita correlação com a denúncia”.

A defesa afirma não haver provas e alega aumento de pena irregular porque Lula não tinha poder de escolha dos diretores da Petrobras relacionados aos acertos de propinas.

Gerum é o responsável por fazer o parecer do MPF na apelação do caso do triplex. Ele entende que as investigações trouxeram ao processo suficiente “lastro probatório”

Segundo o Estadão, fará uma sustentação oral em Porto Alegre.

A sentença de Moro contém um detalhe que só Freud explica: o magistrado acredita que Lula seria eleito em 2018 e que então cometeria crimes e ajudaria a OAS.

Leia:

“Basta para a configuração que os pagamentos sejam realizados em razão do cargo ainda que em troca de atos de ofício indeterminados, a serem praticados assim que as oportunidades apareçam.”

Ou seja, agora temos um Judiciário versado nas artes da adivinhação.

Num parecer de outubro, o mesmo Gerum deixa escapar aquela verdadezinha que todo mundo já sabe: querem o Lula preso porque ele é o líder da esquerda no Brasil.

Segue:

“Lula era tido como o “chefe” no grupo que praticou os crimes em questão. Não fosse o codinome, de se ter em mente que todos os crimes analisados neste processo especificamente foram praticados em benefício de Luiz Inácio, e de ninguém mais. E foram praticados em razão de sua ascendência sobre o grupo, não só pelo fato de ter sido Presidente da República, mas também, e especialmente, por sua incrível capacidade de liderança.”