O que dizem os valentes artistas da Globo contra a corrupção sobre o envolvimento da TV no caso Fifa? Por Kiko Nogueira

Atualizado em 16 de novembro de 2017 às 9:14
Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood, Bill Wyman e Charlie Watts

O primeiro grande mico dos artistas da Globo pró impeachment aconteceu em 2013 e é antológico.

Bárbara Paz, Carol Castro, Rosamaria Murtinho, Nathalia Timberg e Susana Vieira, da novela “Amor à vida“, vestiram preto e posaram de “luto pelo Brasil”.

O motivo da palhaçada era a decisão do Supremo de conceder aos políticos condenados no mensalão a possibilidade de novo julgamento.

“O que está acontecendo é um absurdo, querem desmoralizar o STF”, disse Rosamaria Martinho, desaparecida desde então, graças a Baco. A corrupção, diziam, atingiu níveis insuportáveis.

Não custa perguntar: essa turma de moralistas incansáveis vai fazer protesto no caso do envolvimento da Globo no escândalo da Fifa?

Como o pessoal do Projac deve saber, um delator do esquema, o empresário argentino Alejandro Burzaco, acusou a Globo de pagar propina em troca dos direitos de transmissão de torneios da Conmebol. 

Burzaco também afirma que, pelas Copas de 2026 e 20130, a Globo pagou 15 milhões de dólares por fora.

Vai ter vídeo do Marcelo Serrado? Vai ter Luana Piovani? Eles vão se meter numa van com a camisa do Brasil para pedir “o fim da roubalheira”?

Márcio Garcia, Juliano Cazarré, Juliana Paes, Danielle Suzuki, Malvino Salvador, Evandro Mesquita — vão pedir por um país mais justo?

Cássia Kiss vai levar o amigo Dallagnol para dar uma palestra on camarim?

A resposta é óbvia.

Daqui a 50 anos, quando os historiadores escreverem sobre esse período vergonhoso do golpe, estará registrado ali o papel vagabundo, covarde e indigente dessas “celebridades” bem pagas, o maior bando de poodles de circo desde o Vostok.

Susana Vieira e Marcelo Serrado