O que o Datafolha diz sobre Dilma 2014

Atualizado em 10 de agosto de 2013 às 8:56

A retomada da popularidade é uma notícia terrível para os adversários da presidenta.

Era previsível que a popularidade de Dilma se reerguesse depois dos protestos
Chances grandes para 2014

Era previsível que no calor das chamadas Jornadas de Junho a popularidade de Dilma ia cair.

Também era previsível que, passados os protestos, a popularidade de Dilma ia se reerguer.

É o que o último Datafolha está mostrando.

No auge das manifestações, o prestígio de Dilma baixou a 30%. Agora, subiu seis pontos percentuais.

Embora esperado, o movimento ascendente não foi uma boa notícia, naturalmente, para os adversários de Dilma.

A tendência é que o cenário anterior a junho vá se restabelecendo – e, com ele, o favoritismo enorme de Dilma nas eleições de 2014.

O maior partido de oposição, o PSDB, enfrenta a crise das propinas do metrô. Isso lhe tira da campanha presidencial o argumento que seus líderes mais têm usado nos últimos anos, com muito cinismo e poucos resultados: o da corrupção.

Resta, para eventualmente incomodar Dilma, Marina. Mas para Marina, considerando que ela viabilize sua candidatura, a maior vitória em 2014 seria ir para um hoje improvável segundo turno.

Sua Rede parece mirar mais 2018 do que 2014.

Vistas as coisas pelo ângulo de agosto de 2013, a disputa mais eletrizante de 2014 parece que vai se dar no governo de São Paulo.

Quanto o caso do metrô afeta Alckmin pessoalmente? Algumas pessoas consideram – discordo — que as acusações a Serra são uma forma de tentar preservar Alckmin.

Padilha pode surpreender?

Esta a questão. O programa Mais Médicos, obra dele, vai ajudá-lo. Os médicos rejeitam, mas o resto da sociedade, tirados os suspeitos de sempre, apoia.

Mais que tudo, o programa mostrou o descalabro da saúde pública nacional. Os brasileiros não sabiam que havia tão poucos médicos no Brasil. Ignoravam também que tantas cidades no interior do país simplesmente não contam com um só médico.

Demorou para que fosse discutida, num nível tão profundo, a medicina no Brasil? Que fossem estabelecidas comparações como o estilo de Cuba e o do Brasil?

Sim.

Mas antes tarde que mais tarde.

Serra ocupou o mesmo cargo de Padilha, e não promoveu um debate tão essencial ao país.

Padilha vai crescer.

São Paulo tende a ter uma das eleições mais animadas das últimas décadas.