Os sorrisos de Moro são uma confissão silenciosa de parcialidade. Por Paulo Nogueira

Atualizado em 21 de abril de 2017 às 22:03

Sorrir é um ato de sabedoria, dizem todas as correntes filosóficas.

É uma atitude de força perante as adversidades, e também uma mensagem de solidariedade e amizade aos demais.

Mas há exceções.

Os sorrisos de Sérgio Moro a pessoas especiais para ele, como Aécio e Temer, são simplesmente indecorosos.

Um juiz não pode rir daquela maneira cúmplice, deslumbrada, quase histérica para pessoas de alto envolvimento numa operação anticorrupção que ele comanda.

É falta de decoro. Mostra que o autor dos risos tem um lado. Não é isento. Um sorriso vale por mil palavras. Os de Moro valem por um milhão. São uma confissão silenciosa de parcialidade.

Circunspecção: esta é a palavra adequada a um juiz.

Os sorrisos de Moro a certas pessoas são um acinte à sociedade, a todos os que acreditam na isenção da Justiça e dos juízes.