“Só vamos parar quando a gente colocar 1 milhão, 2 milhões, 3 milhões, 20 milhões”

Atualizado em 18 de junho de 2013 às 22:09

Um vídeo gravado em Brasília na segunda-feira tem algumas respostas para suas dúvidas sobre os protestos.

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A essa altura, você já sabe que não se trata mais de uma briga pela redução da tarifa de ônibus. A essa altura, se você já não esteve numa manifestação, sua tia ou seu vizinho estiveram.

Como isso aconteceu sem você perceber?

(Em 1971, Gil Scott-Heron, que alguns reputam inventor do rap, lançou The Revolution Will Not Be Televised. O longo poema recitado sobre uma batida tinha como mote os movimentos sociais americanos dos anos 60 e 70. A música foi proibida, virou um clássico e hoje é citada a torto e a direito. “Eu falo da incapacidade do sistema de capturar o que vai no coração do povo”, disse Scott-Heron).

Onde e quando vai parar? Qual a bandeira?

Uma resposta foi dada em Brasília, na segunda-feira – não por um porta-voz de partido ou movimento, mas por um coro de milhares de pessoas que se reuniram e recitaram, em uníssono, o que você viu acima. É o seguinte:

“O nosso ato foi vitorioso, mas o movimento apenas começou.

Nós fazemos parte de uma luta nacional, de uma luta internacional.

Não podemos parar aqui. Por isso, é importante que todo mundo que está aqui esteja às 6 horas da quinta-feira, em frente à escadaria do metrô na rodoviária.

Vamos seguir o movimento porque a nossa luta é muito maior do que isso.

Só vamos parar quando a gente colocar 1 milhão, 2 milhões, 3 milhões, 20 milhões aqui, pra falar pra eles que não está certo o que eles fazem com o nosso dinheiro, com a nossa saúde, com a nossa educação.

Amanhã vai ser maior!”

Amanhã vai ser maior.