Um novo capítulo do nosso folhetim erótico. Por Anônima

Atualizado em 11 de julho de 2016 às 20:47

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No último capítulo, tive um insigth sexual – patético, de tão repentino – com o meu sócio. Ele faz poucas coisas direito, admito, mas de sexo ele entende. Me me fez querer ser a puta que eu mesma escolhi ser, longe dos olhares de quem me vê com pose de mulher respeitável em um terno alinhadíssimo.

Nua e de pernas abertas sobre uma mesa, com uma expressão safada e indisfarçável, sob o olhar altivo de um imbecil que trepa maravilhosamente bem (para a minha sorte ou infelicidade).

Isso seria constrangedor se não fosse absolutamente excitante. Deixou-me ali, vulnerável, uma vadia suplicando por um orgasmo.

Mandou que eu me vestisse, mas nunca fui boa em obedecer.

Toquei o meu clitóris em movimentos circulares, contraindo as pernas e encarando-o. Rebolava sobre meus dedos (talvez pela força do hábito), e tentava manter um meio sorriso cínico.

Ele estava estupefato e isso me excitava. Enfiava meus dedos e chupava-os, afirmando, com a língua e em silêncio, que eu adoro sentir o meu próprio gosto.

Não fazia, como nunca fiz, nenhuma questão de conter meus gemidos. Ele observava o meu orgasmo solitário com uma expressão que fundia raiva e excitação.

– Você é uma puta.

– Pra você, senhora puta – disse e levantei-me para me recompor.

Pelo que me lembrava, uma reunião deveria estar acontecendo naquele momento, enquanto eu me contorcia de prazer na minha mesa de trabalho. Clientes antigos nos esperavam. Entraram, agindo tão naturalmente que me convenci de que eu não exibia uma expressão de quem acabara de gozar.

Os dois homens sentaram-se em frente à minha mesa e antes que começassem a despejar seus problemas, avistei um detalhe importante sob o pé de um deles: a minha calcinha minúscula, esquecida aos pés de uma cadeira.

Ri silenciosamente e encarei o meu sócio – ele não tem e não terá um nome – que também já notara a prova risível do clichê de sócios que trepam no escritório. O homem mexia os pés, pronto para notar que eu o atendia sem roupas de baixo, e eu não me preocupava, em absoluto.

[continua]