
O 11 de setembro de 2025 será lembrado como um dia inesquecível na história do país. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por todos os crimes da chamada Trama Golpista.
“O que há de inédito, talvez, nessa ação penal, é que nela pulsa o Brasil que dói”, disse a ministra Cármen Lúcia, ao abrir seu voto que levou o placar a 3 a 1, na tarde desta quinta-feira (11). Ao final do julgamento, muitos brasileiros se perguntarão: onde você estava neste 11 de setembro?
A ministra destacou a gravidade dos ataques aos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023. “Não foi um evento banal, nem um passeio de domingo após o almoço. Houve método e organização nas ações golpistas ao longo dos anos do governo Bolsonaro”, afirmou.
Cármen Lúcia reforçou que o ex-presidente liderou a organização criminosa, articulando desinformação, conspirações e até a cooptação de comandos militares para impedir a posse do presidente Lula. “Eu tenho por comprovado pela Procuradoria-Geral da República que Jair Messias Bolsonaro praticou os crimes que são imputados a ele na condição de líder da organização criminosa”, disse.
Citando Victor Hugo, Cármen lembrou que o mal, mesmo cometido sob justificativas de um pretenso bem, ainda é o mal. “Principalmente em casos de golpe de Estado bem-sucedido, porque então ele se torna um exemplo e vai se repetir”, alertou. Durante quase duas horas, ela ressaltou que esta ação penal atravessa passado, presente e futuro do Brasil.
Veja um trecho do discurso:
🇧🇷 Ministra Carmen Lúcia:
“O que há de inédito nessa ação penal é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, seu presente, e seu futuro”. pic.twitter.com/c6BVQy0hT5
— Eixo Político (@eixopolitico) September 11, 2025