“2020, o ano em que não trabalhei”, diz Zé de Abreu em desabafo sobre o covid e sua carreira

Atualizado em 1 de janeiro de 2021 às 16:33
José de Abreu em entrevista ao DCM. Foto: Reprodução/YouTube

Publicado originalmente no Twitter do autor:

Por Zé de Abreu

Comecei como office-boy aos 14 anos, em 1961, na Cia. Prada (chapéus Prada, metalúrgica, eletricidade).

Depois fui office-forum do Frigorífico Armour. De 18 a 22 trabalhei na Polícia até começar minha carreira de ator.

Nunca mais parei.

Quando morei na Europa autoexilado fui lavador de pratos, motorista e servente de pedreiro.

Quando voltei, dei aulas em Pelotas, na UFPel e ETFPel.

Sempre atuando, produzindo, dirigindo… em 1980 fui pra Globo.

Até a COVID, que fechou o PROJAC pela 1ª vez.

Por mais que digam que artista é vagabundo, está difícil a vagabundagem, ainda que no exterior e num país tão bacana, e, principalmente, sem COVID nem Bolsonaro.

Mas o impulso da criação me faz muita falta. Preciso representar quase como preciso de oxigênio.

A COVID não mata apenas fisicamente. Temos que lutar também contra outro tipo de morte: a morte da Esperança.

Esta não pode morrer.

“Ano passado morri, mas este ano não morro”.