2025 será o 2º ano mais quente da história, diz estudo

Atualizado em 9 de dezembro de 2025 às 13:25
Entardecer em São Paulo. Foto: Divulgação

O ano de 2025 promete ser o segundo mais quente da história, empatado com 2023, atrás apenas de 2024, que registrou um recorde histórico de temperaturas globais, de acordo com o observatório Copernicus, responsável pelo monitoramento climático europeu.

Com a média de temperatura global já 1,48°C acima dos níveis pré-industriais, os dados do observatório confirmam que as mudanças climáticas estão avançando em ritmo acelerado. A previsão é que a média de 2023-2025 ultrapasse pela primeira vez o limite de 1,5ºC considerado seguro pelo Acordo de Paris de 2015.

Segundo a última atualização do Copernicus, essa tendência representa um marco significativo. Samantha Burgess, estrategista climática do observatório, destacou que “a média de três anos para 2023-2025 está a caminho de superar 1,5ºC pela primeira vez”.

Ela ainda afirmou que “estes marcos não são abstratos, refletem o ritmo acelerado das mudanças climáticas”. Burgess enfatizou que a única forma de mitigar futuros aumentos de temperatura seria a redução rápida e eficaz das emissões de gases de efeito estufa.

Esses alarmantes resultados confirmam o que muitos cientistas e líderes globais já previam. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou em outubro que o mundo não seria capaz de manter o aquecimento abaixo do limite de 1,5ºC nos próximos anos.

Entardecer em Dubai . Foto: Divulgação

Essa meta, considerada crucial para evitar os piores impactos das mudanças climáticas, está cada vez mais distante. A atualização mensal do Copernicus também revelou que novembro de 2025 foi o terceiro novembro mais quente já registrado, com uma média de 1,54ºC acima dos níveis pré-industriais.

A crescente intensidade de eventos climáticos extremos, como ciclones tropicais, inundações e tufões, foi uma característica marcante deste período. Esses fenômenos têm se tornado mais frequentes e devastadores à medida que as temperaturas globais aumentam. O mês de novembro foi particularmente intenso em termos de desastres naturais.

As Filipinas, por exemplo, foram devastadas por tufões consecutivos que causaram a morte de quase 260 pessoas. Outros países do sudeste asiático, como Indonésia, Sri Lanka, Tailândia e Malásia, também sofreram inundações mortais em dezembro, resultando em perdas significativas.

Esses eventos ressaltam como as mudanças climáticas têm gerado consequências diretas na vida de milhões de pessoas, provocando destruição e sofrimento. Os dados do Copernicus, que utilizam bilhões de leituras de satélite e informações meteorológicas tanto terrestres quanto marítimas, são um reflexo da crescente precisão das medições do clima global.

O observatório, que começou a coletar esses dados na década de 1940, tem sido fundamental para o entendimento das tendências climáticas e para a formulação de políticas públicas para mitigar os efeitos do aquecimento global.

Guilherme Arandas
Guilherme Arandas, 27 anos, atua como redator no DCM desde 2023. É bacharel em Jornalismo e está cursando pós-graduação em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Grande entusiasta de cultura pop, tem uma gata chamada Lilly e frequentemente está estressado pelo Corinthians.