
No quarto dia de apagão na região metropolitana de São Paulo, cerca de 250 mil imóveis permanecem sem luz na manhã desta terça-feira (15), de acordo com o balanço divulgado pela Enel às 6h. Na noite de segunda-feira (14), esse número era de 340 mil unidades afetadas.
Conforme informações da concessionária, o serviço de energia foi restabelecido para pouco mais de 1,8 milhão de clientes, e as equipes de reparo foram reforçadas com profissionais do Rio de Janeiro e do Ceará, além de técnicos de outras distribuidoras, inclusive de operações internacionais, totalizando 2.900 técnicos atuando no estado.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que irá intimar a Enel para prestar esclarecimentos sobre os problemas enfrentados.
A concessionária, responsável pela distribuição de energia na Grande São Paulo, terá um prazo de 60 dias para apresentar sua defesa, após o início do processo. Caso as justificativas não sejam aceitas, poderá ser solicitada a caducidade, ou seja, o rompimento do contrato com a empresa italiana.

Vale destacar que, na última segunda-feira (14), a Enel se comprometeu com a Aneel a restabelecer totalmente o fornecimento de energia no estado dentro de três dias.
Além dos problemas com o fornecimento de energia, a crise impactou a campanha eleitoral para a prefeitura de São Paulo, com uma troca de acusações entre o deputado Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Boulos criticou Nunes por não atender às solicitações de poda de árvores, enquanto o prefeito culpou a Enel pelas falhas no fornecimento. O apagão foi o principal tema do debate realizado pela Band.