45 deputados denunciam Janones à PGR por rachadinha

Atualizado em 28 de novembro de 2023 às 17:27
Deputado federal André Janones (Avante-MG). Foto: Rafaela Felicciano

O deputado federal André Janones (Avante-MG) foi denunciado à Procuradoria-Geral da República (PGR) por 45 parlamentares. Com informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Os parlamentares apresentaram uma notícia-crime contra Janones por ato de improbidade administrativa, com enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio, ao promover um esquema de rachadinha em seu gabinete, segundo denúncias de ex-assessores.

Segundo a representação, o deputado também cometeu crime de falsidade ideológica por declarar gastos de campanha menores que os realizados em 2016. A representação é encabeçada pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP).

“André Janones afirmou que gastou R$ 675 mil na campanha para prefeito, no ano de 2016. No entanto, em consulta ao TSE, verifica-se que declarou apenas R$ 200.566,44 como despesas de campanha. Dessa forma, praticou, em tese, o crime de falsidade ideológica eleitoral, previsto no art. 350, do Código Eleitoral”, disse o pedido de abertura investigação apresentado à PGR.

A denúncia de rachadinha feita por ex-assessores de Janones veio à tona na última segunda-feira (27). O deputado foi gravado cobrando parte dos salários de seus servidores para recompor seu patrimônio, que teria sido dilapidado durante a campanha de 2016, na qual concorreu à prefeitura de Ituiutaba (MG).

“O meu patrimônio foi todo dilapidado. Eu perdi uma casa de R$ 380 mil, um carro, uma poupança de R$ 200 mil e uma previdência de R$ 70 (mil). Eu acho justo que essas pessoas também participem comigo da reconstrução disso. Então, não considero isso uma corrupção”, afirmou o deputado na gravação.

O pedido de abertura de investigação destaca ainda que, caso comprovado a prática de rachadinha, Janones pode perder o mandato, os direitos políticos por até 14 anos, além de pagar multa correspondente ao acréscimo ao seu patrimônio.

Em nota, Janones alegou ser alvo de perseguição por parte da extrema direita, comparando sua situação à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Operação Lava Jato. O parlamentar disse que não era deputado na época em que a conversa foi gravada.

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