
Roberto Carlos celebra em 2024 os 50 anos de seu tradicional especial de fim de ano na Globo. Enquanto o show comemora sua longa trajetória, a tentativa de golpe bolsonarista e o filme “Ainda Estou Aqui”, que tem Roberto e Erasmo na trilha, reacenderam debates sobre as complexas relações do cantor com a ditadura militar, período em que seu trabalho e postura geraram polêmicas.
Durante a ditadura, o artista recebeu uma condecoração do governo de Ernesto Geisel, o que levou a interpretações de que ele teria alinhamento com o regime.
Biógrafos como Jotabê Medeiros argumentam que a realidade era mais ambígua, uma vez que Roberto também possuía músicas com letras críticas ao regime. Entretanto, o cantor não deixou de manter contatos institucionais para obtenção de concessões, como a da Rádio Terra, em Belo Horizonte, que dependiam de alinhamento com o governo militar.

Com direção de Boninho, o especial será gravada no Allianz Parque, em São Paulo, e contará com participações de nomes como Gilberto Gil, Wanderléa e Zeca Pagodinho.

“Ainda Estou Aqui” já arrecadou mais de R$ 23 milhões em bilheteria e tem sido amplamente elogiado pela crítica, destacando-se como uma das obras mais importantes do cinema nacional na última década.
Roberto aparece três vezes na trilha: cantando “Como Dois e Dois” (composta por Caetano Veloso) e “As Curvas da Estrada de Santos”, e como co-autor da espetacular “É Preciso Dar um Jeito, Meu Amigo”, interpretada pelo parceiro Erasmo Carlos.
O contexto do lançamento do filme também coincide com a recente divulgação do relatório da Polícia Federal sobre as tentativas de golpe de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
As investigações revelaram um plano articulado por militares, que incluía atentados contra lideranças políticas, como o presidente Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

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