
Apesar de já ter deixado o poder, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manteve alguns indicados em postos-chave de diferentes braços da máquina federal ao longo dos próximos anos durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da silva (PT). Ao todo, são 50 autoridades nomeadas pelo ex-capitão.
Esse legado é visto nas mais diversas instituições, uma vez que em algumas delas, a maioria dos ocupantes dos postos de comando foi escolhida pelo ex-presidente. De acordo com o jornal O Globo, quatro dos cinco diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) têm mandatos que só terminam entre maio de 2025 e setembro de 2026.
Na Agência Nacional de Águas (ANA), acontece o mesmo cenário, já que somente um dos cinco nomes da diretoria colegiada deixará o cargo em 2024 e dois em 2026. Ou seja, todos esses nomes deixarão os respectivos cargos entre o terceiro e o quarto ano do governo petista.
Vale destacar que parentes de ministros do governo anterior também aparecem nessa lista. Na Agência Nacional de Água (ANA), Bolsonaro colocou Filipe Cunha, irmão do ex-ministro da Infraestrutura Marcelo Sampaio. Outro exemplo é de Ana Carolina de Castro, casada com Jonatas Castro. Ele atuou como secretário-executivo da Casa Civil na gestão passada.
Porém, nem todos os personagens indicados pelo presidente da República são de fato ligados a ele, sobretudo nas agências reguladores. Em outras palavras, essas escolhas são tratadas como instrumento de “barganha política” e também sofrem forte influência do Congresso.
Confira algumas indicações de Bolsonaro em órgãos reguladores:
