550 euros com um suspeito: o que não fecha no caso do ataque ao repórter Gabriel Luiz

Atualizado em 16 de abril de 2022 às 18:04
O repórter Gabriel Luiz

A história do ataque ao jornalista Gabriel Luiz, da Globo, permanece mal contada após a prisão dos suspeitos. A Polícia Civil do DF trabalha com tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) e descarta outras hipóteses.

Prenderam um sujeito de 19 anos e outro de 17. Os dois confessaram que decidiram assaltar Gabriel após verem que ele estava “caminhando sozinho”. Afirmaram não conhecê-lo.

À polícia, relataram que o menor segurou Gabriel e o imobilizou com um mata-leão, enquanto o outro lhe cravava a faca. O adolescente acabou ferido na perna, de tão violentos os golpes. Foi para o Hospital de Base.

O mais velho falou para as autoridades que decidiu fugir para a região de Paracatu, em Minas Gerais, ao ver a repercussão. Estava com 550 euros da mãe, segundo o delegado Petter Ranquetat. Sim, euros. Da mãe.

Pegaram 250 reais da carteira da vítima e dispensaram o celular. A alegação é de que o aparelho “poderia ser rastreado”. Um deles mora no mesmo bairro de Gabriel, de classe média alta. Estudam em colégios particulares.

Podem ser apenas dois completos idiotas, ok. Mas dez facadas para fazer um assalto? 

Gabriel havia denunciado um clube de tiro em Brazlândia numa reportagem. A empresa havia fechado dois dias antes do ataque.

Ele teve perfurações em diversas partes do corpo, foi submetido a cirurgias e está internado em estado grave, porém estável.