600 pessoas na Paulista: o “movimento” pelo impeachmente está morto, mas falta avisar os coveiros

Atualizado em 30 de novembro de 2014 às 0:41

Impeachment

 

Durou pouco mais de um mês o “movimento” pedindo o impeachment com base em teorias estapafúrdias e alimentado por paranoicos.

A última marcha reuniu, segundo a PM, 600 gatos pingados na Avenida Paulista. No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, a coisa micou mais ainda. No resto do Brasil, não aconteceu nada.

Em São Paulo, o primeiro protesto já dava sinais claros de insuficiência cardíaca. O deputado eleito Eduardo Bolsonaro, filho de Jair, apareceu com uma pistola na cintura no alto de um carro de som. Formou uma parceria com o deputado não eleito Paulo Batista. Juntos foram ao velho Danilo Gentili vender seu peixe.

Batista teve seus 3 minutos de semicelebridade do B com vídeos da campanha eleitoral, como um em que sobrevoava uma cidade disparando um “raio privatizador” de seus olhos.

Uma semana depois da manifestação de 15 de novembro, ele já estava sendo acusado de ser — sim, você leu direito — comunista por um certo Marcello Reis, criador da conta Revoltados Online no Facebook.

Desta vez, manifestantes que pediam “intervenção militar” foram expulsos da marcha, com a ajuda da polícia militar. Lobão apontou o dedo e humilhou o pessoal, acusando aqueles homens e mulheres de bem de ser — isso mesmo — de “extrema direita”. O empresário Ricardo Roque, que levava um megafone, foi afastado pela polícia. Estava vendendo camisetas e bonés sob medida para corpinhos fascistas.

Como sempre, cenas patéticas. Um ambulante foi chamado de “vagabundo” e “drogado”. Duas pessoas foram presas.

O “movimento” deu seu estertor hoje, vítima de sua própria inconsistência, entre outras doenças. Bateu as botas um dia depois do ator mexicano Roberto Bolaños. Como diria o Chaves, teria sido melhor ir ver o filme do Pelé.