
Os tapumes no Estádio Olímpico Nilton Santos, o Engenhão, onde ocorreu o show da cantora Taylor Swift, impediram a circulação do ar e prejudicaram a experiência do público presente no local, que enfrentou uma sens°C.
Vale destacar que Ana Clara Benevides Machado, fã da cantora estadunidense, morreu durante a 2ª música da apresentação. De acordo com a Prefeitura do Rio, ela teve uma parada cardiorrespiratória e foi encaminhada ao Hospital Municipal Salgado Filho às 20h50. Infelizmente, apesar das tentativas de reanimação, não resistiu. Além da morte de Ana, cerca de mil fãs da artista desmaiaram.
O fã da artista Igor Paiva, que esteve no show, apontou alguns pontos negativos da organização do evento em publicação nas redes sociais. Leia na íntegra:
A T4F hoje conseguiu arruinar a experiência de muita gente que pagou (caro) para experimentar a primeira noite da #TheErasTourBrasil – vou te contar como, e ainda mais diante do forte calor do Rio e da sensação térmica que beirou os 62°C.
Os fãs se organizaram para as filas de entrada que eram acompanhadas por pessoas despreparadas para dar as informações mais básicas para quem precisava entender onde ir. As filas dos portões se misturavam e ninguém sabia ao certo onde estava indo.
Em todos os portões de acesso, os fãs que ficaram na fila para garantir lugares bons acabaram deixando todo o lixo pra trás. E mesmo aqui culpo a T4F, por quê? Porque uma empresa desse porte poderia muito bem ter vendido entradas com cadeiras numeradas; o que facilitaria a vida do fã e da organização do estádio.
Em todos os portões de acesso, os fãs que ficaram na fila para garantir lugares bons, acabaram deixando todo lixo pra trás. E mesmo aqui culpo a @t4f, por quê? Porque uma empresa desse porte poderia muito bem ter vendido entradas com cadeiras numeradas; o que facilitaria a vida… pic.twitter.com/qgTFJb1JNu
— Igor Paiva (@atheon_apex) November 18, 2023
Esse é o padrão nos EUA: todos os lugares, inclusive da pista, são marcados. Penso que no Brasil evita-se fazer isso para conseguir colocar o máximo de pessoas possível dentro de um local.
O Estádio Olímpico Nilton Santos possui em sua estrutura vãos e áreas para promover a circulação do ar nas arquibancadas e nas pistas. Todas elas estavam cobertas por tapume, o que prejudicou – e muito – a ventilação do ambiente. Mesmo com uma temperatura mais amena do lado de fora, quem estava no show chegou a experimentar a sensação térmica de 62°C.

Proíbem os fãs de levarem águas, garrafas e outros recipientes de líquidos – o que eu entendo, porque essa é uma prática bem comum a nível mundial. Porém, não havia nenhum bebedouro de fácil acesso. Quem não conseguisse pagar R$ 8,00 no copo d’água de 350 ml passou sede ou precisou de ajuda da Taylor Swift, que distribuiu água para a plateia.
Inúmeras pessoas tiveram dificuldades de acesso por conta de ingressos com problemas, o que acabou atrasando – e muito – a entrada dos fãs no show. Ao não coibir o cambismo, a produtora acaba dando um tiro no próprio pé.
Não sei como vai ser a noite dois, e estou apreensivo pela minha saúde e de outros swfities pois (1) passei mal no show de hoje e precisei sair durante “Marjorie”, e (2) amanhã o clima promete ser mais severo do que hoje, com máxima de 42°C.
Uma tristeza: ser fã no Brasil é pedir pra sofrer.
Esqueci de contar isso: os tapumes serviam para separar as seções do estádio e para delimitar a área de vendas de alimentos. Passando mal, ao me dirigir para uma placa de saída, fui escorraçado porque aquela saída era “somente de funcionários”. E não tinha outras saídas porque estava tudo cheio de tapume. Essa é a melhor forma de separar seções em um estádio?
Esqueci de contar isso: os tapumes serviam para separar as seções do estádio e para delimitar a área de vendas de alimentos. Passando mal, ao me dirigir para uma placa de saída, fui escorraçado porque aquela saída era “somente de funcionários”. E não tinha outras saídas pq estava… pic.twitter.com/AwEHwmzXg4
— Igor Paiva (@atheon_apex) November 18, 2023