68% acreditam que Eduardo Leite é o culpado por tragédia no RS, diz Quaest

Atualizado em 9 de maio de 2024 às 7:21
O governador Eduardo Leite (PSDB). Foto: reprodução

Pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (9) revela que 68% dos entrevistados atribuem uma alta responsabilidade ao governo do Rio Grande do Sul, conduzido por Eduardo Leite (PSB), na tragédia ocorrida no estado gaúcho. 20% acreditam que essa responsabilidade é reduzida e 12% consideram que não há responsabilidade alguma.

Durante seu primeiro ano de mandato em 2019, Eduardo Leite realizou alterações significativas em torno de 480 normas do Código Ambiental do estado. Essas mudanças foram oficializadas no ano seguinte, em 2020, e coincidiram com uma fase de flexibilização da política ambiental brasileira, impulsionada pelo então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no governo Bolsonaro, segundo a Folha de S. Paulo.

Quanto ao Governo Federal, 59% dos entrevistados afirmam que possui uma grande responsabilidade, enquanto 24% indicam uma responsabilidade menor e 17% alegam que não há responsabilidade.

“Momentos como esse que o Brasil está vivendo, de grande comoção, são raros na História e são decisivos no futuro de governos”, explica o diretor da Quaest, Felipe Nunes, ao g1.

“Observamos uma oportunidade de ouro. Se o Governo Federal, por exemplo levar a sério o seu lema, aplicar a união do Brasil e reconstruir o Rio Grande do Sul, vejo uma grande oportunidade de o governo falar com os 20%, que são a diferença entre os que avaliam positivamente a ação do governo federal no RS e os que avaliam o governo como positivo em pesquisa que divulgamos na quarta-feira (8)”.

Em relação às prefeituras, 64% dos entrevistados acreditam que possuem uma grande responsabilidade, enquanto 20% consideram que a responsabilidade é reduzida e 16% opinam que não há responsabilidade alguma.

Além disso, a pesquisa avaliou a percepção dos entrevistados sobre a atuação das autoridades no enfrentamento da tragédia. No caso do Governo do RS, 54% consideram sua atuação positiva, 26% a classificam como regular e 20% como negativa.

Já em relação ao Governo Federal, 53% avaliam positivamente, 24% de forma regular e 23% de forma negativa. Quanto à atuação da prefeitura de Porto Alegre, 59% a consideram positiva, 28% regular e 13% negativa.

O levantamento, realizado a pedido da Genial Investimentos, ouviu 2.045 pessoas em 120 municípios entre os dias 2 e 6 de maio. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Enchentes no RS. Foto: Divulgação

Mortes

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou o balanço das chuvas nesta quarta-feira (8), informando que o número de pessoas mortas chegou a 100, com 374 feridos e 130 pessoas ainda desaparecidas.

Os estragos das chuvas afetaram 1.476.170 pessoas em 425 municípios, sendo 163.786 desalojados e 67.428 levados para abrigos temporários.

Além disso, meteorologistas alertam para a possibilidade de mais chuvas intensas e fortes rajadas de vento, com previsão de retorno a partir desta quinta-feira (9).

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