A Carta Capital mentiu em sua matéria sobre a morte do fundador do perfil Coronel Siqueira do Twitter. Mais do que isso, omitiu informações de conhecimento da redação.
A notícia do falecimento de Sérgio Liotte, dada em primeira mão por Fabrício Rinaldi no DCM, causou uma celeuma na internet.
A pessoa — ou as pessoas — que se apossaram da conta acusaram o DCM de mentir. Depois de uma live com a viúva de Liotte, Patrícia, em que ela ameaçou processar o farsante e o desafiou a dar as caras, o perfil foi desativado, inclusive no Instagram.
O Coronel tinha uma coluna na Carta Capital.
A revista, ao noticiar o imbroglio, preferiu ser irônica e desonesta ao alegar que Siqueira “segue vivíssimo” e que “a pessoa por trás do perfil diz ter sido pega de surpresa com a história”.
“Não tenho a menor ideia do que aconteceu”, relata alguém supostamente entrevistado pela revista.
Bem, os editores da casa sabem o que aconteceu e um deles contou numa troca de mensagens. Um jornalista admitiu que o criador morrera e cinco pessoas administravam a conta.
Ainda assim, preferiram inventar uma cascata e acusar o DCM de fazer isso. A nota segue no ar mesmo após a derrubada do perfil do Coronel nas redes sociais.
A Carta Capital foi enganada pelo sujeito que se apossou do Coronel Siqueira? Pode ser. O duro é querer fazer o público de otário e faturar cliques em cima da morte um homem que, sim, eles conheciam.