8/1: entre as 6,2 mil, aqui as mais emblemáticas decisões de Alexandre de Moraes em 2023

Atualizado em 7 de janeiro de 2024 às 18:29
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu mais de 6,2 mil decisões nos processos relacionados aos eventos golpistas de 8 de janeiro, quando ocorreu a invasão e depredação de bolsonaristas na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

As informações constam em um relatório divulgado neste domingo (7) pelo gabinete do ministro, que é o relator dos processos. De acordo com o balanço, até abril de 2024, 146 réus serão julgados em 10 sessões virtuais.

Além desses réus, o STF retomará, a partir de fevereiro, o julgamento de outras 29 ações penais.

Desde setembro, quando o julgamento dos casos teve início, a Corte já condenou 30 pessoas acusadas de envolvimento nos atos antidemocráticos.

Em dezembro, o STF determinou a execução da primeira pena, referente ao condenado Matheus Lima de Carvalho Lázaro, julgado em setembro. Para o caso dele, não há mais possibilidade de recursos.

Ao todo, foram instauradas 1.345 ações penais, com mais 1.113 ações penais suspensas para avaliação de acordos de não-persecução penal.

A análise das demais ações penais contra os réus envolvidos na destruição de 8 de janeiro continuará ao longo do ano.

Entre os agentes públicos, integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) foram denunciados em agosto. Segundo o Ministério Público, eles tinham conhecimento “antecipado dos riscos de atentados aos Poderes da República em 8 de janeiro de 2023.”

Ataques de bolsonaristas radicais em Brasília no dia 8 de janeiro
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em dezembro, a Corte recebeu a primeira acusação da Procuradoria-Geral da República contra um financiador, residente em Londrina (PR), que teria fornecido ajuda material ao grupo que invadiu prédios públicos em Brasília.

O Ministério Público alega que há evidências de que o homem fretou quatro ônibus para o transporte de pessoas para a capital federal, em contratos que totalizam R$ 59,2 mil. Além de financiar os deslocamentos, ele teria organizado e mobilizado as pessoas que praticaram os atos.

As denúncias contra o suposto financiador e a cúpula da PM do DF ainda serão julgadas pelo Supremo. Se a maioria dos ministros aceitar a admissibilidade, os envolvidos se tornarão réus e enfrentarão processos no Tribunal. Caso contrário, os casos serão arquivados.

Até o final de dezembro, 70 indivíduos permaneciam detidos preventivamente. No dia 8 de janeiro, ocorreu a prisão de 243 pessoas nas dependências dos edifícios públicos e na Praça dos Três Poderes. No dia seguinte, mais 1.929 indivíduos foram detidos, sendo alojados na Academia Nacional de Polícia.

Conforme o gabinete de Moraes, 775 dos 1.929 detidos foram libertados no mesmo dia em virtude da idade, por serem responsáveis por filhos menores ou por apresentarem comorbidades.

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