8 de janeiro: PGR pede acesso a documentos sobre omissão da PM nos atos terroristas

Atualizado em 14 de abril de 2023 às 15:29
Policiais militares próximos a bolsonaristas antes das invasões terroristas em Brasília (DF)
Foto: Reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que compartilhe integralmente documentos e outras provas para apurar possível “omissão imprópria” da Polícia Militar durante o ataque terrorista de 8 de janeiro. Investigadores apontam que houve uma “incapacidade operacional” da corporação na data.

Segundo informações reunidas pelos responsáveis pela investigação, os problemas da PM ocorreram por conta do afastamento simultâneo dos principais oficiais, a ausência de atuação efetiva de substitutos e a omissão dolosa das tropas durante a invasão.

A procuradoria solicitou uma série de documentos, como o Protocolo de Ações Integradas (PAI) elaborado pelas forças de segurança do DF, ofícios internos e pedidos de afastamento, relatórios de inteligência e inquéritos conduzidos pela corregedoria.

Segundo a PGR, parte dos documentos solicitados já se tornou pública e existem indícios de que a PM tinha conhecimento prévio dos riscos dos atos golpistas. O órgão cita a circulação de mensagens em redes sociais sobre os agrupamentos, que continham pessoas com armas de fogo.

“No caso dos atos de 8 de janeiro, embora elementos e informações previamente conhecidos apontassem para uma mobilização de grande porte, aparentemente, não se observou esse critério”, afirma o subprocurador Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos.

Ele ainda aponta que o batalhão indicado para conter o ato “foi o que normalmente cuida de eventos de pequeno porte” e foi conduzido por um “comandante substituto”.

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