
Como se já não bastasse ter um governo federal cheio de militares comandando ministérios e aproximadamente 7 mil ocupando cargos civis, agora o bolsonarismo pretende transformar as Forças Armadas em um poder revisor e moderador dos demais poderes constituídos. E o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será usado como argumento. A informação é do jornalista Guilherme Amado.
Hoje, os líderes dos militares se sentem à vontade para marcar reuniões com chefes de outros poderes para propor, cobrar e fiscalizar. Na teoria, as Forças Armadas estão constitucionalmente subordinadas aos três poderes. Na prática, os militares já atuam informalmente como se fossem um poder, sendo o único armado e com tropas.
Com a eleição se aproximando, alguns generais da reserva das Forças Armadas demonstram apoio ao presidente Jair Bolsonaro e querem que ele siga no poder pelos próximos quatro anos.
Com a polarização e o primeiro lugar de Lula nas pesquisas, generais da reserva defendem uma intervenção militar, ou seja, um golpe, tendo como justificativa a vitória do petista, não tendo compromisso com os resultados das urnas.