Pastor que orou com Bolsonaro e Michelle chamou o assassino Guilherme de Pádua de “bênção”

Atualizado em 8 de agosto de 2022 às 18:24
O casal Bolsonaro e o pastor André Valadão

O pastor que orou com Jair Bolsonaro (PL) e Michelle no domingo, dia 7, quando a primeira-dama disse que exorcizou demônios na cozinha do Planalto, já afirmou que igreja evangélica não é para gays, mas recebeu de braços abertas o assassino da atriz Daniella Perez, o ex-ator Guilherme de Pádua.

Trata-se de André Valadão, líder da Igreja Batista da Lagoinha e filho do criador da empresa religiosa, Márcio Valadão, cuja sede mundial é em Belo Horizonte.

“A igreja tem um princípio bíblico. E a prática homossexual é considerada pecado. Eles podem ir para um clube gay. Mas, na igreja, não dá. A igreja é lugar de quem quer viver princípios bíblicos. Não é sobre expulsar. É sobre entender o lugar de cada um”, disse ele ao responder uma pergunta de um seguidor no Instagram.

A frase gerou revolta e péssima repercussão para a Igreja, mesmo assim André Valadão jamais pediu desculpas. Só que ele também não explicou o motivo de afirmar que cada um precisa entender seu lugar e deixar claro que igreja não é para homossexuais, mas receber assassinos.

A Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte, à época com André Valadão como membro ativo e um dos músicos do ministério de louvor Diante do Trono, acolheu Guilherme de Pádua, assassino confesso da atriz Daniella Perez, filha da autora Gloria Perez, num crime que chocou o Brasil.

Em 2019, Valadão abriu a sua caixa de perguntas nos Stories do Instagram e foi questionado: “Pastor, pode falar sobre a aceitação do Guilherme de Pádua na Igreja Lagoinha?”.

“O Guilherme cumpriu a pena. Ele é uma benção. Nenhum de nós somos os mesmos, constantemente somos transformados pela misericórdia de Jesus”, respondeu Valadão.

“Acredito no fruto do arrependimento e o Guilherme tem vários frutos”.