Para PF, Torres seria o mentor intelectual da ação da PRF no dia da eleição, diz jornalista

Atualizado em 10 de agosto de 2023 às 0:34
Anderson Torres. Foto: Reprodução

O ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, pode ser apontado como um dos mentores intelectuais da ação que buscava dificultar o voto de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

Segundo investigadores ouvidos pelo blog de Natuza Nery, já é possível afirmar que Torres coordenou a operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno, no dia 30 de outubro do ano passado.

Na época, a PRF realizou blitze que interferiram na movimentação de eleitores, principalmente no Nordeste, região onde o petista havia ganhado no primeiro turno.

O ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (9) por suposta interferência e favorecimento de Bolsonaro nas eleições.

Silvinei Vasques. Foto: Reprodução

As provas e depoimentos reunidos pela Polícia Federal (PF) mostram que a operação não foi improvisada. A ação, na verdade, começou a ser colocada em prática pelo menos duas semanas antes do dia da votação.

Em 19 de outubro, Silvinei Vasques reuniu cerca de 47 agentes da PRF para dizer que havia chegado a hora da PRF “tomar lado” na disputa eleitoral. Naquele mesmo dia, Silvinei esteve no gabinete de Anderson Torres no Ministério da Justiça, onde se encontrou com Marília de Alencar e outros agentes da PF.

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