PF tem indícios de que Wassef procurou Bolsonaro e Mauro Cid para buscar relógio nos EUA

Atualizado em 15 de agosto de 2023 às 11:54
Mauro Cid, Jair Bolsonaro e Frederick Wassef. Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) possui indícios de que o advogado Frederick Wassef procurou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o tenente-coronel Mauro Cid para ir aos Estados Unidos recuperar o relógio da marca Rolex, vendido anteriormente e que integrava um dos kits de joias sauditas recebidos pelo ex-capitão em uma viagem oficial em 2019. A informação é da colunista Juliana Dal Piva, do UOL.

De acordo com a PF, Wassef viajou no dia 11 de março e retornou no dia 29. Os policiais ainda conseguiram um recibo de recompra do relógio onde consta o nome do advogado.

O item foi vendido para a empresa Precision Watches e recuperado em 14 de março por Wassef. O advogado, então, retornou com o Rolex ao Brasil em 29 de março e entregou ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro em 2 de abril.

“No dia 02/04/2023, Mauro Cid e Frederick Wassef se encontraram na cidade de São Paulo, momento em que a posse do relógio passou para Mauro Cid , que retornou para Brasília/DF na mesma data, entregando o bem para Osmar Crivelatti, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro”, afirma um dos documentos da investigação.

Wassef quebra silêncio sobre investigação da PF e se diz alvo de mentiras em esquema das joias - 13/08/2023 - Poder - Folha
O advogado Frederick Wassef. Foto: Reprodução

Wassef, no entanto, disse que tomou conhecimento das joias só em 2023 pela imprensa. Ele ainda chegou a admitir que telefonou para o ex-chefe do Executivo e foi autorizado por ele a falar publicamente sobre o caso das joias.

“Quando liguei para Jair Bolsonaro, ele me autorizou, como seu advogado, a dar entrevistas e fazer uma nota à imprensa. Antes disso, jamais soube da existência de joias ou quaisquer outros presentes recebidos. Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse”, afirmou. “Nunca participei de nenhuma tratativa, nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta nem indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda”.

O advogado também disse que a PF “efetuou busca em minha residência no Morumbi, em São Paulo, e não encontrou nada de irregular ou ilegal, não tendo apreendido nenhum objeto, joias ou dinheiro”.

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