
O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (18) o primeiro caso da nova variante da Covid-19. Popularmente conhecida como Éris, a EG.5 é uma subvariante da Ômicron.
A pasta informou que a notificação veio de São Paulo, na noite de quinta-feira (17). De acordo com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, a paciente de 71 anos já está curada, após apresentar sintomas iniciais de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça. A idosa já estava com esquema vacinal completo – o que é a melhor forma de evitar a doença ou suavizar os sintomas.
Embora a nova cepa tenha gerado preocupações nas últimas semanas, especialistas ressaltam que não há motivos para alarmismo, mas apontam para a importância de as pessoas estarem atentas à vacinação. Isso porque, apesar da percepção geral de que variantes como a Ômicron resultam em infecções menos graves, estar vacinado é fundamental.
“Ela só é menos perigosa se as pessoas se vacinarem. Já há dados sobre a Ômicron – não especificamente sobre a Éris – que demonstram que essa percepção de ela gerar doença menos grave não é por características dela, mas sim pela vacinação”, afirmou a biomédica Mellanie Fontes-Dutra, da Rede Análise Covid-19.

Devido às notícias sobre a nova cepa, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) emitiu um comunicado na última quarta-feira (16) recomendando o uso da máscara em ambientes fechados e em aglomerações em suas dependências.
Fontes-Dutra lembra que as máscaras ajudam a evitar os riscos de exposição ao vírus. “Com o arrefecimento do número de hospitalizações da pandemia, muitas pessoas deixaram de usar, mas isso não muda o fato de que elas seguem eficazes”, ponderou.
A Organização Mundial de Saúde (OMS ) já registrou casos dessa cepa em 51 países. A SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), no entanto, informou que “não houve modificação no cenário de casos notificados de covid-19 ou aumento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no Brasil”.
Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, a pasta monitora e avalia as evidências científicas mais atuais em níveis internacionais e o cenário epidemiológico da covid-19.
“Até o momento, sabemos que nossas vacinas protegem contra essa variante (EG.5). Não há evidências contrárias a isso. Não temos ainda indicação de recomendação do uso da máscara para toda a população”, disse.