
A Polícia Federal vai pedir o bloqueio dos R$ 17,2 milhões que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu via Pix. A corporação suspeita que o valor é resultado de operação de lavagem de dinheiro da venda de joias e presentes oficiais recebidos pelo governo no exterior. A informação é da revista IstoÉ.
O pedido será feito nos próximos dias ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que será responsável por decidir se congela o valor nas contas do ex-presidente. Fontes da PF afirmam que o magistrado já está aguardando a chegada do pedido.
Para investigadores, o bloqueio dos R$ 17 milhões fará com que peritos possam rastrear a origem do dinheiro, que foi depositado de forma fragmentada e em baixos valores. Agentes da corporação acreditam que o método foi usado para não despertar suspeitas do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
A ideia da corporação é levantar as informações de CPF por CPF dos doadores para o ex-presidente, que alega ter recebido o valor de seus apoiadores para pagar multas causadas por não usar máscara durante a pandemia de Covid-19.
“Com o bloqueio e quebras, vamos poder cruzar os dados e chegar aos doadores. É que o sistema PIX é feito pelos bancos, identifica o CPF dos supostos colaboradores. Diante disso, vamos aos doadores saber de onde obtiveram o dinheiro doado. Essas pessoas vão ter que demonstrar como receberam os valores doados”, diz fonte da PF.
Investigadores acreditam que o método permitirá que a corporação comprove se as doações foram ou não lavagem de dinheiro.