Não houve delação em depoimento de Mauro Cid à PF, diz advogado

Atualizado em 25 de agosto de 2023 às 21:31
Mauro Cid dentro de carro, no banco de trás
Mauro Cid prestou depoimento à PF – Foto: Metrópoles

O tenente-coronel Mauro Cid terminou seu depoimento na Polícia Federal (PF), em Brasília, nesta sexta-feira (25), após cerca de seis horas. O testemunho de hoje foi no âmbito do inquérito que apura as ações de Walter Delgatti Neto, também conhecido como hacker da Vaza Jato, contra o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) saiu da sede da PF sem falar com os jornalistas. Porém, de acordo com o advogado dele, César Bitencourt, não houve qualquer tipo de delação. “Não, ele não delatou”, informou ele ao Metrópoles.

O representante de Cid ainda disse que o depoimento durou quase duas horas. A audiência se estendeu porque o sistema teria caído e estavam tentando acessar os autos.

Questionado se sabe sobre o que seu cliente falou com as autoridades, Bitencourt se limitou a responder que “falaram sobre os fatos”.

De acordo com a Polícia Federal, o depoimento do ex-ajudante de Bolsonaro foi remarcado para a próxima segunda-feira (28), por conta dos problemas com o sistema da Polícia Judiciária.

“Assim que soube que o depoimento estava relacionado ao hacker, solicitou primeiramente ter acesso aos autos para prestar declarações. O sistema de Polícia Judiciária ficou fora do ar, fato que impediu formalizar o termo de declarações. O depoimento foi remarcado para as 10hs de segunda-feira”, explicou a corporação.

Carla Zambelli e Jair Bolsonaro posando lado a lado
Carla Zambelli e Jair Bolsonaro – Reprodução

Neste testemunho, a polícia apurou se Mauro Cid participou ou sabe de algo do encontro e tratativas que Bolsonaro teve com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

Nestas conversas, os dois teriam debatido um plano para invadir o sistema do CNJ e contestar a efetividade do sistema eleitoral.

Cid está preso por suspeita de envolvimento em um esquema de fraude nos cartões de vacinação do ex-mandatário e de seus familiares.

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