Justiça multa Glauber Braga em R$ 1 milhão e determina bloqueio de suas contas

Atualizado em 29 de agosto de 2023 às 9:24
Deputado Federal Glauber Braga (PSOL) no distrito de Lumiar, no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

O Deputado Federal Glauber Braga (PSOL) foi condenado pela justiça por afrontar uma decisão que proibia a realização de um ato em apoio à Deputada Estadual Marina do MST (PT) no distrito de Lumiar, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.

Marina foi hostilizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Lumiar, no último dia 12 de agosto. Glauber Braga, no entanto, anunciou a realização de um ato no mesmo local para se solidarizar com a parlamentar.

A partir da convocação dessa convocação, alguns moradores e instituições da região entraram na Justiça para proibir a manifestação, alegando que isso poderia causar ainda mais tumulto no distrito. O juiz Sergio Roberto Emilio Louzada, da 2ª Vara Cível de Nova Friburgo (RJ), emitiu uma liminar atendendo aos pedidos.

O deputado recorreu da decisão na justiça, mas teve o pedido negado. Ele, então, publicou um novo vídeo no qual desmarcou o ato e foi sozinho a Lumiar, no último domingo (27). O juiz Louzada, entretanto, condenou o parlamentar por afrontar a ordem de não realização do evento.

De acordo com a decisão, foi aplicada um multa no valor de R$ 1 milhão e bloqueio das contas de Glauber. Além disso, o magistrado determinou o envio do caso para o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e exigiu que os acontecimentos sejam investigados pelo Ministério Público e pela Polícia Civil.

O deputado criticou a ordem judicial: “Não sou patrimonialista. O que recebo é utilizado pra pagar as minhas contas, da minha família e pra luta política. Agora, eu pergunto: é justo o juiz Sergio Louzada me aplicar uma multa absurda de 1 milhão de reais e ir descontando cada real do salário até zerar a conta?”, questionou Glauber.

“Agora ‘só’ devo novecentos e tantos mil. Isso é uma brincadeira de muito mal gosto. É na verdade um grave abuso. O motivo? Ele afirma que eu afrontei o judiciário ao dizer que o cancelamento do ato de solidariedade à deputada Marina do MST era um absurdo”.

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