
Parlamentares governistas da CPMI do 8 de Janeiro afirmaram que o FBI avisou à Polícia Federal (PF) possuir mais informações sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro ()PL) do que o requisitado na investigação sobre as joias sauditas recebidas pela gestão bolsonarista.
Segundo os deputados, o órgão de investigação americano enviou um ofício à PF pedindo uma “lista de prioridades”, diante da quantidade de informações que podem ser compartilhadas com as autoridades brasileiras. A informação foi divulgada pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
No início de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a cooperação da PF com o FBI para investigar o ex-presidente e seus aliados pelas joias e outros objetos de valor recebidos pela ditadura saudita em viagens oficiais da Presidência da República.
Na quinta-feira (31/8), o ex-mandatário, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o general Mauro César Lourena Cid, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, o advogado Frederick Wassef e os assessores do ex-mandatário Marcelo Câmara e Osmar Crivelatti foram interrogados pela PF.

Destes, quatro ficaram em silêncio: Bolsonaro, Michelle, Wajngarten, e o ex-ajudante Marcelo Câmara. Os demais responderam aos questionamentos da corporação.
O casal e outros aliados usaram um argumento de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) defende que o Supremo Tribunal Federal (STF) não teria prerrogativa para investigar o caso das joias. A tese é defendida pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.