
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, já se ofereceu para falar sobre três temas em sua proposta de delação premiada. O tenente-coronel deve falar sobre as joias sauditas, o esquema de fraude em cartões de vacinação e o plano de golpe de Estado encontrado em seu celular. A informação é do Blog da Andréia Sadi no g1.
Investigadores aceitaram os temas oferecidos, mas integrantes do Ministério Público Federal (MPF) se manifestaram contra a delação de Cid. Fontes da corporação afirmam que o ex-ajudante de Bolsonaro deve indicar que “não tinha autonomia para tomar decisões” e que seguia ordens.
Para agentes da corporação, há uma clara tentativa de implicar Bolsonaro em alguns episódios, ao contrário da versão pública apresentada por seu advogado, o criminalista Cézar Bittencourt, que alegou que o cliente “assumiu tudo”.
O objetivo da defesa de Cid no momento é blindá-lo, junto de sua família, de ameaças e intimidações de bolsonaristas. Ele será chamado para prestar novos depoimentos na semana que vem e a expectativa de pessoas próximas é que ele seja liberado para cumprir prisão domiciliar e use tornozeleira eletrônica.
Aliados de Bolsonaro dizem estar “no escuro” com a delação do ex-ajudante de ordens. A PF vai tomar novas diligências a partir de suas próximas confissões.