Estadão sai em defesa de Bolsonaro e diz que ele é perseguido à maneira da Lava Jato

Atualizado em 12 de setembro de 2023 às 12:13
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Silvio Avila/AFP

Em artigo publicado nesta terça-feira (12), o Estadão saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) parece estar empenhado em repetir, nas investigações contra o ex-capitão, os erros da Lava Jato.

Confira trechos:

Há algum tempo se verificam perigosas semelhanças entre os métodos utilizados na Operação Lava Jato e o que vem fazendo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito dos inquéritos das milícias digitais e atos antidemocráticos. (…)

Ali advertimos que o sr. Moraes não é juiz universal dos casos envolvendo Bolsonaro. Ora, foi esse equívoco sobre a competência da 13.ª Vara Federal de Curitiba que levou à anulação das condenações de Luiz Inácio Lula da Silva.

No entanto, Alexandre de Moraes não apenas parece indiferente a toda a jurisprudência relativa aos abusos da Lava Jato, como resolveu dobrar a aposta. (…)

A homologação da delação e a soltura de Mauro Cid ocorreram na mesma semana em que o ministro Dias Toffoli anulou todos os atos da Justiça tomados a partir do acordo de leniência firmado pela Odebrecht – e ainda classificou a prisão de Lula como “um dos maiores erros judiciários da história do País”.

Surgem, então, duas perguntas. Primeira: se o mesmíssimo erro que ora desmoraliza a Lava Jato é cometido por um ministro do Supremo, deixa de ser erro? Segunda: quanto tempo levará para que as provas obtidas por essas investigações no STF, incluídas as da nova delação, sejam consideradas nulas pela Justiça? São perguntas retóricas, claro.

Assim como no auge da Lava Jato tudo parecia permitido porque o objetivo declarado era condenar Lula da Silva, hoje tudo parece válido para incriminar Jair Bolsonaro. Não era justiça então, não é justiça agora.

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