VÍDEO – Evangélicos com fardas militares fazem ritual sinistro em igreja do Rio

Atualizado em 13 de setembro de 2023 às 18:05
Evangélicos fardados fazem apresentação em culto no Rio de Janeiro. Foto: reprodução

Em uma gravação realizada dentro da Assembleia de Deus Campo Grande (ADCG), no Rio de Janeiro, um grupo de evangélicos usando trajes militares entoa uma oração em coro, como grito de guerra: “Queremos trazer a esta igreja um pequeno resumo de quem é o ‘Eu Sou o Que Sou'”, evoca o líder.

É o Coral Masculino Vozes do Jordão e eles fazem parte de um certo “deparamento masculino”, cujo lema é “juntos somos fortes”, lema popularizado pelo bolsonarismo.

“Ele é Jesus, o Deus dos deuses, Senhor dos senhores. Poderoso, fiel, não faz aceitação de pessoas, nem aceita recompensa”, gritam, para delírio dos fiéis ali presentes. O vídeo, que viralizou nas redes sociais, mostra ainda os “militares” saindo em marcha do altar ao final da apresentação. Confira:

A Assembleia de Deus de Campo Grande é liderada pelo casal de pastores Alessandro e Aline Malafaia, que, apesar do nome da igreja e sobrenome em comum, não têm relações diretas com o bolsonarista Silas Malafaia. Os homens fardados que aparecem nos vídeos não foram identificados.

Em circunstâncias como essa, é ilegal o uso de fardas oficiais por parte de militares, o que indica que os uniformes sejam apenas representações adotadas pelo grupo de evangélicos.

Segundo o Estatuto dos Militares, publicado em 1941, que orienta o uso de fardas por militares das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), é definido que os trajes são de uso exclusivo em atividade, exceto em eventos oficiais e autorizados.

Ou seja, é expressamente proibido o uso dos uniformes em manifestações de caráter partidário ou religioso. Além disso, não é permitido sobrepor ao uniforme nenhuma insígnia ou distintivo, ainda que de “caráter religioso, sectário ou ideológico”.

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Augusto de Sousa
Augusto de Sousa, 31 anos. É formado em jornalismo e atua como repórter do DCM desde de 2023. Andreense, apaixonado por futebol, frequentador assíduo de estádios e tem sempre um trocadilho de qualidade duvidosa na ponta da língua.