
A “masturbação coletiva” de alunos de Medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro) aconteceu em um campeonato que ocorreu em abril deste ano. Segundo a UNE (União Nacional dos Estudantes), a instituição não tomou nenhuma providência após o episódio.
“Nós recebemos essa denúncia com muita revolta, é repugnante o que aconteceu nesses órgãos internados. Estamos cobrando um posicionamento diretamente da Unisa que até agora não se posicionou”, diz Manuella Mirella, presidente da UNE, ao g1.
Segundo ela, a Unisa não se manifestou sobre o caso e não tomou nenhuma providência contra os estudantes até o momento. “Cobramos um protocolo para que esses estudantes sejam punidos no rigor da lei. Ser mulher no Brasil é difícil, e ser mulher universitária é mais difícil ainda”, prossegue.
O caso ocorreu em abril, durante o torneio Calo 2023, em São Carlos, no interior do estado. Na ocasião, os alunos que faziam parte do time de futsal da faculdade estavam na plateia e decidiram abaixar as calças enquanto o time de vôlei jogava contra a Universidade São Camilo. O registro repercutiu nas redes sociais neste domingo (17).
“Os alunos da Unisa, saindo vitoriosos, segundo relatos coletados, comemoraram correndo desnudos pela quadra. Não foi registrada, naquele momento, nenhuma observação por parte das nossas alunas referente à importunação sexual”, afirma a instituição em nota.
O Centro Universitário São Camilo afirmou que o caso pode ser enquadrado como atentado ao pudor, mas que nenhuma aluna da instituição registrou a ocorrência.
Segundo matéria do portal UOL, alunos da Unisa tinham como “tradição” este tipo de comportamento e comentavam sobre a prática em um grupo de WhatsApp. “A tradição dos bixos [sic] homens na abertura é correr pelado na quadra com as outras faculdades”, diz um dos participantes.