Investigação sobre a morte de Marielle é enviada ao STJ

Atualizado em 2 de outubro de 2023 às 14:19
Marielle Franco. (Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) enviou o inquérito que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A mudança do foro da investigação foi causada por suspeitas de envolvimento de Domingos Brazão, ex-deputado estadual e conselheiro do Tribunal de contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), no crime. A informação é do Globo.

Brazão já foi alvo de uma denúncia por suposta tentativa de atrapalhar as investigações, por plantar pistas falsas para atrapalhar a identificação dos mandantes do crime, mas a acusação foi rejeitada pela Justiça do Rio de Janeiro.

Seu nome foi citado na delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, preso suspeito de envolvimento no assassinato. Após a citação, a mudança de foro foi solicitada, já que ele possui cargo no TCE do Rio. Com a mudança, a investigação será federalizada e a Polícia Federal terá poderes ampliados no inquérito.

Brazão sempre negou envolvimento no assassinato de Marielle. Ele foi citado no relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Milícias e é chefe de um clã que inclui o deputado federal Chiquinho Brazão, o deputado estadual Manoel Brazão e o vereador Waldir Brazão.

“É um desrespeito com a minha família e com a de Marielle. A quem pode interessar isso? Essa insistência? A verdade vai aparecer. Essa é a pergunta que precisa ser respondida. Isso já foi superado”, afirmou Brazão ao jornal O Globo.

Ele estava afastado do TCE desde 2017, quando foi preso por suspeita de envolvimento em corrupção, e recebeu autorização do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) para retornar ao posto em março deste ano.

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