Bolsonaro recorre ao STF para reverter decisão que o tornou inelegível

Atualizado em 6 de outubro de 2023 às 23:48
Jair Bolsonaro falando com mão estendida e expressão séria
Decisão tornou Jair Bolsonaro inelegível – Agência Brasil

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) impetrou um recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) em resposta à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o declarou inelegível por um período de oito anos, devido a acusações de abuso de poder político e uso impróprio dos meios de comunicação.

Embora o recurso esteja direcionado ao Supremo, o primeiro passo envolve o protocolo do documento junto ao próprio TSE, onde será submetido a uma análise preliminar pelo presidente da Corte Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes.

A decisão de Moraes será determinante: se ele considerar que o chamado “recurso extraordinário” preenche os critérios necessários, o caso será encaminhado ao Supremo. Caso contrário, se entender que há questões processuais inadequadas, o pedido será rejeitado, abrindo espaço para um novo recurso ao STF.

Esse tipo de recurso levanta a questão fundamental de saber se a decisão dos ministros do TSE está em conformidade com a Constituição.

Dentro do documento, os advogados contestam a inclusão, ao longo do processo, da chamada “minuta do golpe”, um documento apreendido em janeiro pela Polícia Federal (PF) na residência do ex-ministro Anderson Torres. A defesa argumenta que esse material não deveria ser utilizado como prova durante o julgamento.

Fachada do TSE com placa em primeiro plano
Edifício sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – Agência Brasil

O documento em questão abordava a possibilidade de declarar um estado de defesa no TSE com o propósito de reexaminar o resultado das eleições, nas quais Bolsonaro saiu derrotado. Dentro desse contexto, a defesa alega que a decisão de incorporar esse tema ao processo violou princípios constitucionais, como o da segurança jurídica.

“O Colegiado, na posição plasmada no aresto recorrido, deveria ter rechaçado a admissão da referida ‘minuta de decreto de Estado de Defesa’, pois se trata de ‘documento’ produzido após os resultados das eleições, sem relação direta com o tema objeto da ação, que deverá ser analisado nas instâncias próprias”.

Em 28 de setembro, o TSE, de forma unânime, rejeitou outro recurso apresentado pelos advogados, conhecidos como embargos de declaração. Esse pedido visava corrigir omissões e contradições na decisão que condenou Bolsonaro.

A defesa de Bolsonaro buscava reverter a decisão que, na prática, o impediria de se candidatar em futuras eleições. Entretanto, os ministros consideraram que a decisão anterior não deveria ser modificada. Com informações do G1.

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Jessica Alexandrino
Jessica Alexandrino é jornalista e trabalha no DCM desde 2022. Sempre gostou muito de escrever e decidiu que profissão queria seguir antes mesmo de ingressar no Ensino Médio. Tem passagens por outros portais de notícias e emissoras de TV, mas nas horas vagas gosta de viajar, assistir novelas e jogar tênis.