Polícia proíbe manifestações anti-Israel e pró-Palestina em Berlim

Atualizado em 11 de outubro de 2023 às 16:23
Manifestação pró-Palestina em Berlim. Foto: reprodução

A polícia de Berlim proibiu manifestações anti-Israel e de apoio à causa palestina, citando preocupações com a segurança e a ordem pública. A decisão foi tomada devido à situação no Oriente Médio e aos incidentes ocorridos no fim de semana, que envolveram slogans antissemitas e celebrações de ataques contra Israel.

A manifestação proibida reuniria apoiadores da Palestina na Praça Pariser e seguiria pelo bairro de Neuköllln, onde se vive uma significativa comunidade muçulmana. Outros protestos também foram proibidos por conterem slogans antissemitas e de incitação à violência.

“Uma manifestação em solidariedade à Palestina na e um desfile anunciado sobre o mesmo tema, bem como todos os eventos alternativos foram proibidos pela autoridade da assembleia porque a sua implementação representa um perigo para a segurança pública e a ordem”, escreveu a polícia de Berlim em post no Twitter.

No sábado (7), uma celebração organizada pela rede Samidoun em Berlim comemorou os ataques contra Israel perpetrados pelo grupo Hamas, considerado um grupo terrorista pela União Europeia e Estados Unidos. A celebração levou à intervenção policial e confrontos, causando indignação no meio político alemão.

“A manifestação foi atacada pela polícia e vários manifestantes ficaram feridos. Esse fanatismo ao lidar com palestinos e apoiadores da causa palestina é um sinal claro de que a resistência na Palestina está deixando os ocupantes e seus apoiadores nervosos”, disse o grupo.

A rede Samidoun foi fundada por membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina (PFLP), um grupo que mistura marxismo-leninismo e nacionalismo árabe. A PFLP é classificada como terrorista pela Alemanha e outros países da União Europeia. As autoridades alemãs estão considerando tornar ilegal a rede Samidoun.

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, classificou os ataques do Hamas como “atos bárbaros” e rejeitou a celebração de tais ataques na Alemanha. O Partido Social-Democrata (SPD) e outros grupos políticos consideram medidas duras contra apoiadores do Hamas, incluindo a expulsão do país.

“Qualquer solidariedade aqui na Alemanha com organizações terroristas como o Hamas ou o Hezbollah deve receber uma resposta dura e consistente usando todos os meios legais à nossa disposição, em particular a expulsão [da Alemanha] de acordo com a Seção 54, Parágrafo 1, No. 2 da Lei de Residência”, disse o deputado Dirk Wiese ao jornal Rheinische Post em resposta ao episódio em Berlim.

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