
A polícia de Berlim proibiu manifestações anti-Israel e de apoio à causa palestina, citando preocupações com a segurança e a ordem pública. A decisão foi tomada devido à situação no Oriente Médio e aos incidentes ocorridos no fim de semana, que envolveram slogans antissemitas e celebrações de ataques contra Israel.
A manifestação proibida reuniria apoiadores da Palestina na Praça Pariser e seguiria pelo bairro de Neuköllln, onde se vive uma significativa comunidade muçulmana. Outros protestos também foram proibidos por conterem slogans antissemitas e de incitação à violência.
“Uma manifestação em solidariedade à Palestina na e um desfile anunciado sobre o mesmo tema, bem como todos os eventos alternativos foram proibidos pela autoridade da assembleia porque a sua implementação representa um perigo para a segurança pública e a ordem”, escreveu a polícia de Berlim em post no Twitter.
Eine für den 11. Oktober angezeigte Kundgebung zur Solidarität mit #Palästina am #PariserPlatz und ein zum selben Thema angezeigter Aufzug durch #Neukölln sowie alle Ersatzveranstaltungen sind von der Versammlungsbehörde verboten worden, weil deren Durchführung eine Gefahr für…
— Polizei Berlin (@polizeiberlin) October 10, 2023
No sábado (7), uma celebração organizada pela rede Samidoun em Berlim comemorou os ataques contra Israel perpetrados pelo grupo Hamas, considerado um grupo terrorista pela União Europeia e Estados Unidos. A celebração levou à intervenção policial e confrontos, causando indignação no meio político alemão.
“A manifestação foi atacada pela polícia e vários manifestantes ficaram feridos. Esse fanatismo ao lidar com palestinos e apoiadores da causa palestina é um sinal claro de que a resistência na Palestina está deixando os ocupantes e seus apoiadores nervosos”, disse o grupo.
A rede Samidoun foi fundada por membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina (PFLP), um grupo que mistura marxismo-leninismo e nacionalismo árabe. A PFLP é classificada como terrorista pela Alemanha e outros países da União Europeia. As autoridades alemãs estão considerando tornar ilegal a rede Samidoun.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, classificou os ataques do Hamas como “atos bárbaros” e rejeitou a celebração de tais ataques na Alemanha. O Partido Social-Democrata (SPD) e outros grupos políticos consideram medidas duras contra apoiadores do Hamas, incluindo a expulsão do país.
“Qualquer solidariedade aqui na Alemanha com organizações terroristas como o Hamas ou o Hezbollah deve receber uma resposta dura e consistente usando todos os meios legais à nossa disposição, em particular a expulsão [da Alemanha] de acordo com a Seção 54, Parágrafo 1, No. 2 da Lei de Residência”, disse o deputado Dirk Wiese ao jornal Rheinische Post em resposta ao episódio em Berlim.