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O prazo para a desocupação da região norte da Faixa de Gaza pelos palestinos encerrou-se na noite de sexta-feira, 13 de outubro, no horário de Brasília, sinalizando a possibilidade de uma invasão terrestre das forças israelenses.
O governo de Israel emitiu uma ordem na mesma sexta-feira, exigindo que os civis residentes na área norte da Faixa de Gaza deixassem a região em até 24 horas. A ação, de acordo com as forças de segurança, tinha como objetivo proteger a segurança da população civil.
O conflito se intensificou desde o último sábado, 7 de outubro, quando um grupo radical atacou o território israelense. Desde então, Israel conduziu uma série de bombardeios na Faixa de Gaza, resultando em um número de mortos que ultrapassa 3 mil pessoas.
A determinação de desocupação para os palestinos que residem na região norte da Faixa de Gaza foi emitida pelas Forças de Segurança de Israel, que alegam que membros do grupo radical Hamas estariam se escondendo na cidade de Gaza, localizada na Faixa de Gaza.
Segundo um comunicado compartilhado nas redes sociais, as autoridades israelenses afirmaram que a medida visava proteger a segurança dos civis, mas também aumentou o temor de uma possível invasão terrestre por parte do Exército de Israel.
A Organização das Nações Unidas (ONU) enfatiza que mais de 1,1 milhão de pessoas vivem na região e alerta que o deslocamento delas teria “consequências humanitárias devastadoras”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, está em contato com as autoridades israelenses na tentativa de evitar uma “tragédia humanitária”, conforme comunicado pelo porta-voz Stéphane Dujarric na sexta-feira, 13 de outubro.
Desde os eventos de terror ocorridos no sábado, 7 de outubro, em várias cidades de Israel, com a invasão do país pelo Hamas através do ar, tiroteios em diversas regiões e disparos de mísseis em direção a Israel, o governo israelense lançou uma série de bombardeios contra a Faixa de Gaza.
Este conflito resultou na morte de mais de 3 mil pessoas em ambos os lados, incluindo três brasileiros: Ranani Glazer, Bruna Valeanu e Karla Stelzer Mendes, que estavam em uma festa rave próxima à Faixa de Gaza, onde 260 pessoas perderam a vida.