Bolsonaro e Tarcísio homenageiam PMs responsáveis pelo massacre do Guarujá

Atualizado em 16 de outubro de 2023 às 18:12
Tarcísio de Freitas, Ricardo Nunes e Jair Bolsonaro em celebração da Operação Escudo, na sede da Rota. Foto: reprodução

Em uma cerimônia nesta segunda-feira (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), prestaram homenagens aos policiais da Rota que estiveram envolvidos na Operação Escudo.

A ação, desencadeada como resposta ao assassinato do soldado Patrick Reis, em julho, resultou em 28 mortes no litoral paulista. No entanto, a operação tida como massacre, embora elogiada, também enfrentou críticas em relação a possíveis violações de direitos humanos.

No evento, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, defendeu a atuação policial, refutando quaisquer irregularidades e destacando que as atividades realizadas estavam dentro dos limites da lei. “Infelizmente, 28 criminosos resistiram à prisão e foram neutralizados em operações legítimas”, afirmou Derrite, em defesa dos policiais voluntários envolvidos na operação.

Durante os discursos, o governador Tarcísio de Freitas e o comandante da PM, Cássio Araújo de Freitas, lembraram o soldado Reis, cuja viúva também esteve presente no evento.

Enquanto Bolsonaro cumprimentou os policiais e interagiu com seus apoiadores, ele evitou discursar ou conversar com a imprensa. A cerimônia, marcando o 53° aniversário da Rota, incluiu a entrega de medalhas a dezenas de policiais e contou com a presença do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), bem como outros aliados políticos.

Tarcísio ajeita a gravata de Bolsonaro na sede da Rota. Foto: reprodução

No dia 1° de setembro, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), promoveu uma audiência pública na capital paulista com moradores da Baixada Santista.

Entre as mais de 20 falas realizadas, o tom predominante foi o da exigência do fim da Operação Escudo e a falta de respostas do governo do estado de São Paulo, seja na própria audiência, como também sobre as inúmeras denúncias de violações de direitos humanos na ação policial.

As críticas vieram de vítimas, organizações que atuam na questão da segurança pública e instituições públicas envolvidas de alguma forma na questão da violência policial.

No início da audiência, André Carneiro Leão, defensor público federal e presidente do CNDH, informou aos presentes que tanto o governador Tarcísio quanto o secretário Guilherme Derrite, foram convidados para o evento, mas não compareceriam nem enviariam representantes.

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