Relatório final da CPMI do 8/1 será apresentado nesta terça e deve mirar Bolsonaro, Torres e Silvinei

Atualizado em 17 de outubro de 2023 às 8:17
Silvinei Vasques, Anderson Torres e Bolsonaro. Foto: Reprodução

O relatório da CPI do 8 de janeiro deve apontar a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques nos ataques terroristas em Brasília, além de outros militares. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.

A senadora Eliziane Gama, relatora da CPI, tem tratado o documento com confidencialidade e trabalhado em sua redação final com a ajuda de um seleto grupo de assessores. A apresentação oficial do relatório está programada para esta terça-feira (17), enquanto a votação está prevista para a sessão subsequente, na quarta-feira (18).

Apesar do sigilo mantido por Eliziane, parlamentares aliados afirmam que a suposta participação de Bolsonaro no contexto dos ataques terrorista já foi revelada pelo programador Walter Delgatti Neto, conhecido como o hacker da Vaza Jato, bem como por informações decorrentes da delação premiada de seu principal auxiliar, o tenente-coronel Mauro Cid.

Durante os trabalhos da CPI, houve desafios em relação à convocação de militares, chegando até a questionar o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, sobre a possibilidade de ouvir representantes das Forças Armadas.

Bolsonaro, Anderson Torres e Silvinei Vasques. Foto: Reprodução

O ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, não foi convocado para prestar depoimento perante a comissão a respeito de um suposto envolvimento em um plano golpista de Bolsonaro após a vitória de Lula (PT). Além disso, o depoimento do general Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, não avançou na CPI.

Apesar dessas limitações, os assessores envolvidos na elaboração do relatório indicam que o documento provavelmente destacará o envolvimento de militares, particularmente aqueles formados nas forças especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”.

Também é esperado que o relatório sugira o indiciamento do general Ridauto Fernandes, que não foi ouvido pela CPI, mas foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF) no mês passado.

A relatora, ao ser questionada sobre o possível indiciamento de militares e do ex-mandatário, disse: “Nós ouvimos as mais diferentes patentes aqui nesta comissão, é natural que no nosso relatório nós também tenhamos indiciamentos.” No entanto, ela não confirmou nenhum nome específico. Ela, no entanto, não confirmou nenhum nome.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link