Exército impede 7 militares de deixar quartel após furto de metralhadoras

Atualizado em 23 de outubro de 2023 às 16:28
Metralhadoras roubadas do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri (SP). Foto: Reprodução

Sete militares foram proibidos de deixar o Arsenal de Guerra de Barueri (SP) por suspeita de participarem diretamente do furto de 21 metralhadoras do quartel do Exército, em setembro. No total, 20 membros da corporação são alvos de apuração por suspeita de envolvimento no crime e os outros 13 são investigados por participação indireta no episódio.

O grupo impedido de deixar o local recebeu a ordem no dia 10 de outubro, quando o desaparecimento das armas foi confirmado. Há indícios de que eles teriam participação mais efetiva no ato, colaborando com os criminosos.

Três desses sete seriam os responsáveis direto pelo furto. A investigação aponta que um teria aberto o paiol enquanto outro pegava as armas e o terceiro transportou os armamentos para fora do quartel em um caminhão militar. Os outros 13 investigados podem deixar o arsenal e voltar para trabalhar.

Cerca de 50 militares já foram ouvidos na investigação, mas nem todos são suspeitos. Há 40 militares “aquartelados”, se revezando para permanecer no Arsenal de Guerra por dias seguidos. Eles tiveram os celulares confiscados para não se comunicar com outros militares enquanto estiverem na base.

O general Maurício Vieira Gama, chefe do Comando Militar do Sudeste, afirmou que há quatro armas que ainda não foram encontradas e que a Força está em contato direto com as Polícias Civis do Rio de Janeiro e de São Paulo para trocar informações sobre o caso.

“Nós temos hoje na frente da esfera administrativa, nós temos aí em torno de 20 militares que respondem disciplinarmente por terem negligenciado na conferência, na fiscalização, na gerência do controle desse armamento. Então, são militares que estão respondendo na esfera disciplinar”, afirmou o general.

Ele também aponta que alguns deles vão responder “na esfera criminal por participação direta” no crime. “Pode ser que tenham militares que estão sendo investigados nas duas frentes”, completou.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link