
A fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito foi aberta para a passagem de estrangeiros que buscam deixar o território, que está enfrentando ataques em decorrência dos conflitos entre Israel e Hamas. Nesta quinta-feira (2), 576 cidadãos de 15 países receberam autorização para atravessar o posto de Rafah. No entanto, os brasileiros ainda não obtiveram liberação.
A possibilidade de saída da Faixa de Gaza depende das negociações entre Hamas, Israel e Egito, cada um com seus próprios termos. A informação foi divulgada pelo repórter Túlio Amâncio, da Band Brasília.
O Egito determinou que o número de pessoas deixando Gaza seja limitado a cerca de 500 por dia, por receio de uma crise migratória e com o objetivo de manter a organização na saída.
Por sua vez, o Hamas busca evitar uma grande migração dos palestinos. Durante as negociações, prometeu uma resposta militar caso a fronteira seja aberta para todos. Já Israel assegura que não haverá ataques se os estrangeiros forem de “países amigos” ou, pelo menos, “não inimigos”.
A maioria das pessoas que deixaram o território ontem e hoje votou contra ou foi neutra na assembleia da ONU sobre a trégua humanitária na guerra.

Enquanto isso, o Brasil, que tem criticado as ações de Israel e possui um plano de repatriação para as 32 pessoas, ainda não teve sua solicitação atendida. A expectativa está na próxima lista, já que aqueles que se abstiveram foram atendidos.
O Ministério da Saúde do movimento islamita palestino Hamas anunciou na última quarta-feira (1) que 8.796 pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra com Israel. Esse número atualizado eleva o total de vítimas fatais da guerra (incluindo palestinos e israelenses) para mais de 10 mil neste 26º dia de conflito.
Segundo o comunicado do órgão, entre as vítimas registradas desde 7 de outubro, 3.648 são crianças. No total, o balanço aponta que 22.219 pessoas ficaram feridas nos ataques de Israel na região.
Dados do governo israelense indicam que 1.405 de seus cidadãos foram mortos desde o início das hostilidades. A maioria esmagadora desse grupo foi morta pelo Hamas no ataque que desencadeou o atual conflito. Do total de mortos, cerca de 300 eram soldados, havendo também 5 mil feridos.