
Daniel Zohar Zonshine, embaixador de Israel no Brasil, afirmou que o governo israelense “está fazendo tudo que está ao seu alcance” e culpou o Hamas pelo atraso na saída do grupo da região. São 34 habitantes do país e parentes próximos aguardando permissão para passar pela fronteira de Rafah, que liga o território ao Egito.
“O Estado de Israel está fazendo tudo que está ao seu alcance para articular a saída dos brasileiros de forma segura e o mais rápido possível”, afirmou Zohar. Ele ainda culpa o Hamas pelo atraso na saída do grupo da região. “O Hamas é o único fator atrasando a saída de brasileiros da Faixa de Gaza por seus próprios interesses”, prossegue.
Segundo o embaixador, o Hamas impediu que estrangeiros deixassem a região nos últimos dias e Israel tem “empregado esforços” para retirar todos os estrangeiros de 20 países diferentes da região. Ele ainda diz que o governo israelense tem tentado aumentar a “cota” de permissões para “compensar o atraso”.
“Israel não tem interesse algum em atrasar a saída de brasileiros ou estrangeiros de qualquer outra nacionalidade. A cota para sair da Faixa de Gaza é determinada pelo Egito e algumas centenas de estrangeiros recebem permissão para sair a cada dia”, prosseguiu Zohar.
Declaração do Embaixador de Israel no Brasil sobre a situação dos brasileiros em Gaza. #gaza #brasilieros #israel pic.twitter.com/VMwuLJkQ3x
— Israel no Brasil (@IsraelinBrazil) November 8, 2023
Nesta quarta (8), foi divulgada uma nova lista com estrangeiros autorizados a deixar Gaza. Receberam permissões pessoas das Filipinas, dos Estados Unidos, da Alemanha, da Romênia e do Canadá. O governo brasileiro tem mantido um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) no Cairo, capital do Egito, para repatriar o grupo de brasileiros.
A diplomacia brasileira mandou um recado nesta semana ao governo israelense e afirmou que a relação entre os dois países ficará insustentável caso algo aconteça com os que aguardam repatriação. Celso Amorim, assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, relatou que “não houve explicação” para a exclusão do nome dos brasileiros das listas.