
Na Zona Leste de São Paulo, um casal administra uma casa com 10 criadores de conteúdo que produzem cenas eróticas para a internet. A “Mansão Himeros” funciona como cenário e residência para quem trabalha com material pornográfico para a internet.
O local é administrado pela atriz Espuleta Maia e seu marido, Nelson Himeros, idealizador do projeto e dono de uma produtora de conteúdos +18. Os criadores que moram na mansão pagam aluguel e se revezam nas tarefas domésticas, se juntando durante as gravações dos vídeos adultos.
Os residentes pagam alugueis que variam e podem chegar a R$ 2,5 mil, a depender do tipo de quarto. Eles podem utilizar toda a estrutura técnica, que oferece câmeras, iluminação e cômodos preparados para filmagens. A mansão ainda oferece orientação e apoio administrativo aos moradores.
Pelo contrato com quem mora no local, a produtora de Himeros pode comercializar e faturar com os vídeos feitos na mansão, mas há acordos de compartilhamento entre os criadores de conteúdo e a empresa, que também oferece suporte técnico para as gravações.

Entre os dez atuais moradores da mansão, há apenas dois homens além de Nelson Himeros. Eles produzem conteúdo junto com as namoradas, que também moram lá. O foco do projeto são criadoras mulheres que iniciaram há pouco tempo a produção de conteúdos e querem ter uma carreira.
Apesar dos objetivos do imóvel, a decoração do local é sóbria e parece uma residência comum. Há poucos indícios da profissão que os moradores têm no imóvel: uma almofada em formato de pênis, vibradores e um quarto com instrumentos para práticas sexuais.
Esse tipo de imóvel, fora da cena erótica, é muito comum entre outros meios de produtores de conteúdos digitais, como influenciadores, streamers e competidores de esportes eletrônicos, que se juntam em “gaming houses”, imóveis onde moram, gravam e participam de treinamentos.