
O “fluxo” da Cracolândia cresceu 42,4% no segundo semestre de 2023, em comparação com o primeiro, segundo monitoramento realizado pela Prefeitura de São Paulo. Entre janeiro e junho, a média diária era de 370 usuários de droga, mas o número saltou para 527 entre julho e dezembro.
A gestão municipal aponta que os usuários de drogas ocupam atualmente 12 ruas da região central da cidade. Os dados foram obtidos pela Secretaria de Segurança Urbana por meio de drones com câmeras de alta definição, que mapeiam a região da Luz duas vezes ao dia.
A Prefeitura de São Paulo usa essas imagens e aplica um cálculo que estima o número de pessoas em aglomerações visíveis (mais de 30 indivíduos). Os resultados são divulgados no “painel de monitoramento das cenas de uso da região da Luz”, pelo site da gestão municipal.
“Esse número tem aumentado cada vez mais, mostrando que, infelizmente, nós estamos diante de um problema muito grave de saúde pública“, afirma Querino Cordeiro, diretor do centro de atendimento Hub, que cuida de usuários de drogas e faz cerca de 37 consultas por dia.

Segundo o governo estadual, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), há 143 cracolândias espalhadas pelo estado. O número aparece no Plano Plurianual 2024-2027, encaminhado à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), e não cita onde estão localizadas ou qual o tamanho de cada uma delas.
O governador afirmou que tem como objetivo reduzir gradualmente esse número ao longo do mandato: 129 em 2024, 116 em 2025 e 104 em 2026, ano em que acaba o governo eleito em 2022.