
O Banco Central anunciará nesta quarta-feira (13) um quarto corte consecutivo na taxa básica de juros, a Selic. A expectativa do mercado é de uma redução de 0,5 ponto percentual, levando a Selic de 12,25% para 11,75% ao ano.
Caso confirmada, essa queda será o menor patamar desde março de 2022.
Última reunião de 2023
Esta será a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC em 2023. O Copom, que se reúne a cada 45 dias, desempenha um papel crucial na determinação do rumo da taxa básica da economia.
As projeções de mercado, conforme indicadas pelo Boletim Focus, sugerem uma Selic de 11,75% no encerramento deste ano e uma redução adicional para 9,25% no próximo.
Estímulo econômico
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstra um interesse particular na redução mais expressiva da taxa básica de juros, alinhada às medidas de ajuste fiscal e à Reforma Tributária.
Tanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quanto o presidente Lula, enfatizam a necessidade de acelerar o corte da Selic como uma resposta para estimular a economia.
“Nós temos que mexer com o coração do presidente do Banco Central, ‘reduz um pouco o juro, que as pessoas estão querendo tomar dinheiro emprestado’. Os governadores podem ajudar, fazer pressão”, disse Lula, durante cerimônia sobre o financiamento dos Bancos Públicos para investimentos nos estados.
Fernando Haddad, por sua vez, falou em “gordura” para cortar juros.
“A taxa de juros começou a cair poucos meses atrás e ainda temos gordura na política monetária e nossa taxa real está muito distante do segundo colocado (no mundo)”, disse.

Cenário inflacionário e fatores de risco
O Banco Central mantém uma vigilância cuidadosa sobre o cenário inflacionário, com os indicadores globais e a inflação de serviços destacando-se como fatores de risco cruciais.
Recentemente, com o aumento nos preços de alimentos e passagens aéreas, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acelerou para 0,33% em novembro, segundo dados do IBGE. Este cenário pode influenciar a decisão do BC sobre o ritmo de corte da Selic, apresentando um delicado equilíbrio entre estímulo econômico e controle inflacionário.
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