Pela primeira vez, PGR denuncia um dos financiadores dos atos de 8/1

Atualizado em 14 de dezembro de 2023 às 18:29
Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto.

Nesta quinta-feira, 14, a Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou a primeira acusação contra um indivíduo suspeito de financiar os eventos ocorridos em 8 de janeiro em Brasília. Com informações da Veja.

O acusado, residente em Londrina (PR), é apontado pela PGR por ter fretado quatro ônibus para transportar dezenas de manifestantes do Paraná até Brasília, com o objetivo de participar dos incidentes.

Além de financiar o transporte, ele é suspeito de desempenhar um papel na organização dos protestos na capital federal e de incentivar a participação de pessoas nas demonstrações.

A denúncia, encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), foi assinada pelo subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, encarregado da investigação dos eventos de 8 de janeiro no Ministério Público Federal (MPF).

O documento solicita que o suspeito seja julgado por golpe de Estado, subversão violenta do Estado Democrático de Direito, participação em associação criminosa armada, danificação de patrimônio histórico tombado e dano qualificado pela violência contra o patrimônio da União – as penas acumuladas desses crimes ultrapassam trinta anos de prisão.

Terroristas durante o ataque de 8 de janeiro. Foto: Evaristo Sá/AFP

Segundo o MPF, o acusado teria desempenhado um papel ativo na promoção da queda do governo eleito, disseminando mensagens de caráter golpista em grupos virtuais. A denúncia cita uma mensagem enviada no início do ano, na qual ele anunciava que em 6 de janeiro um comboio de ônibus partiria de Londrina para Brasília com a intenção de “tomar” o Congresso.

A PGR alega também que o indivíduo desembolsou mais de 59 mil reais para fretar os ônibus e forneceu à empresa de transporte os dados dos 108 passageiros que inicialmente se inscreveram para viajar à capital.

Um dos manifestantes que integrou o comboio de Londrina, Orlando Ribeiro Júnior, foi preso em flagrante vandalizando o Palácio do Planalto na data dos incidentes e já recebeu uma sentença de três anos de prisão do STF.

Além de coordenar o aluguel dos ônibus, o acusado também teria declarado em mensagens seu empenho em angariar recursos para custear as manifestações, incluindo despesas com alimentação dos participantes que chegaram a Brasília de outras regiões do país.

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