
No Cairo, Egito, cerca de 400 palestinos, vindos de Gaza antes do agravamento do conflito entre Israel e o Hamas, enfrentam desafios para voltar para casa.
A jornada inicial, motivada por tratamentos médicos, transformou-se em uma luta diária pela sobrevivência na capital egípcia, com vistos expirados, recursos escassos e a angústia pela situação de familiares em Gaza.
A psicóloga Amal Awni lidera um projeto local de alfabetização e apoio psicológico, financiado por compatriotas palestinos. Amal e quatro amigas chegaram ao Cairo em setembro, apenas algumas semanas antes do ataque de outubro, e agora compartilham um apartamento de dois quartos no centro da cidade. Enfrentam desafios como o pagamento do aluguel, a dependência de doações e as despesas diárias essenciais para garantir sua sobrevivência.
O grupo, com histórico de dedicação a causas humanitárias em Gaza, enfrentam o desafio não apenas de assegurar seu próprio bem-estar, mas também de estender a mão para outros palestinos na mesma situação precária.
Além das preocupações pessoais, o grupo de Amal também está envolvido em iniciativas como a “Sumood” (resiliência em árabe), buscando não apenas apoio financeiro, mas também psicológico para aqueles deslocados pela guerra.
Enquanto a pressão sobre o Egito aumenta para receber todos os palestinos no Sinai, as mulheres mantêm a esperança de um dia retornar a Gaza. Apesar das incertezas e das dificuldades financeiras, elas persistem em preservar essa esperança, que se torna uma bússola em meio às adversidades.
À medida que Israel intensifica os bombardeios em Gaza, as palestinas no Egito buscam solidariedade e se posicionam contra a possível expulsão no Sinai.

A jornalista Nour Elhoda Zaki, durante entrevista, ressaltou a rejeição egípcia a tal proposta, enquanto o grupo clama pelo fim do conflito e pela preservação do território palestino.
“Eu acho que o Egito não pode aceitar instalar palestinos no Sinai. O povo egípcio rejeita isso e os palestinos também. Isso significaria um fim para sempre das questões da Palestina”, disse Nour Elhoda Zaki, que participou do evento pró-Palestina e também tenta ajudar o grupo que não consegue deixar o Egito no momento.
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